Representantes do mercado imobiliário e da construção civil no DF vêm alertando, nos últimos anos, sobre as obras irregulares que colocam em risco a segurança das pessoas. O desabamento, há uma semana, de um prédio em Taguatinga e o aumento de denúncias de risco semelhante em Vicente Pires são fatos que reforçam esse cenário preocupante. E exigem das autoridades públicas forte fiscalização.
O Sinduscon e a Ademi levaram a preocupação ao GDF e ao Ministério Público. A maioria dessas construções é erguida por empresas informais, que atuam de forma clandestina sem seguir os devidos critérios técnicos.
Ocupação desordenada
"Vicente Pires é um caso emblemático dos prejuízos da ocupação desordenada do solo. Todos perdem, mas, principalmente, a população, que ocupa um espaço sem segurança nem a presença efetiva do Estado", aponta Eduardo Aroeira, presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF). Ele alerta que os imóveis da região não têm memorial de incorporação, documento essencial para comprovar a qualidade técnica da construção.
Contradições urbanísticas
O presidente do Sinduscon, Dionyzio Klavdianos, questiona o fato de as ocupações irregulares crescerem em ritmo acelerado, enquanto que projetos habitacionais planejados e que seguem os critérios urbanísticos ficam travados durante anos pelos órgãos públicos.
A mágica da omissão
"Que mágica é essa que faz as obras ilegais serem erguidas ao arrepio da lei pelo DF? Enquanto isso, projetos, como o do setor habitacional Jóquei Clube, ficam parados. Se o mercado formal e, devidamente, legalizado não consegue ofertar imóveis para moradia e comércio, a população é empurrada para essas ocupações irregulares, como Vicente Pires ", argumenta.
Projeções para o DF
Celeridade para
Reforma Tributária
Jamal Bittar,
presidente da Fibra DF
O senhor acha que realmente já estamos na fase de retomada econômica? O que será preciso para consolidar esse processo?
São necessárias ações que abram espaço para uma retomada. Uma delas é a reforma tributária, que precisa caminhar com maior celeridade para aumentar a competitividade da indústria brasileira. Falar em retomada econômica é fazer uma avaliação incerta neste momento. A inflação de 2021 fechou em mais de 10%, a mais alta nos últimos seis anos. No mesmo ritmo, a taxa Selic disparou no ano passado, partindo de 2% em janeiro para 9,25% em dezembro. Esses dois fatores afetam muito a indústria, uma vez que reduzem o poder de compra da população e afastam investimentos.
O DF tem potencial de expansão industrial?
Sem dúvidas. Estamos em uma posição logística privilegiada no Brasil, que favorece a chegada de insumos e a distribuição da produção. O DF também tem uma população com alto nível de escolaridade e boa renda média, fatores, entre outros, fundamentais para o desenvolvimento industrial.
Qual a vocação da capital federal neste setor?
Temos espaço para fazer do DF um polo da indústria 4.0, focada na produção de alta tecnologia em diversos setores. Além da indústria tecnológica, é possível incentivar o desenvolvimento de setores já tradicionais da indústria local, como os da construção, de alimentos e bebidas e do vestuário, entre outros, que podem crescer e gerar ainda mais empregos e renda para a cidade.
O avanço da ômicron pode trazer de novo
restrições ao setor produtivo?
O setor industrial sempre cumpriu à risca todos os protocolos sanitários para prevenção à covid-19, tanto para o cuidado com a saúde dos trabalhadores, como para que fosse possível a manutenção das atividades, que são fundamentais para a sociedade. A prioridade de todos deve ser o cuidado com a vida e, caso novas medidas restritivas sejam necessárias, estas serão acatadas e cumpridas pela indústria, como fez em todos os momentos de picos de transmissão. É importante frisar que o governo do DF foi bastante cauteloso ao analisar nas situações passadas que atividades poderiam ou não ser permitidas.
Pequenos negócios aderem
ao Pix
A 13ª Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae com a FGV, aponta que 86% dos pequenos negócios já utilizam essa modalidade de pagamento. Na edição anterior, em agosto, eram 77%.
Agilidade
sem custo
"É um sistema ágil, que não onera o consumidor, mais barato que uma taxa de cartão e que pode ser usado 24 horas por dia e com 115,2 milhões de adeptos, de acordo com dados do Banco Central de novembro desse ano", avalia o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
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