Como consequência do aumento de casos de doenças respiratórias nos últimos dias no Distrito Federal, o Sindicato dos Laboratórios de Pesquisa e Análises Clínicas do DF (Sindilab) contabiliza cerca de 200 profissionais de laboratórios afastados por infecção de covid-19 ou do vírus influenza A. São médicos, farmacêuticos, biomédicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e técnicos de laboratório.
Segundo o presidente do Sindilab, Alexandre Bitencourt, os laboratórios não conseguem comprar o teste rápido de covid-19, nem as drogarias e laboratórios. “Trata-se de uma demanda mundial, em que o Brasil acaba perdendo pela preferência”, alega. O representante da categoria reconhece que os testes RT-PCR para influenza são raros de se encontrar, disponíveis exclusivamente em dois grandes laboratórios.
“A gente acaba utilizando duas formas de trabalho, como a metodologia de triagem e a detecção do vírus pelo PCR, que é o mais cara, em torno de R$ 450”, detalha Bitencourt. A triagem pelo teste rápido de influenza, que é mais barata, custa R$ 120 e não existe mais no setor. “É um caso grave, em que realmente estamos de mãos atadas”, complementa.
Na semana passada, o presidente do sindicato havia previsto que o estoque de testes rápidos para Influenza duraria 20 dias, o que se confirmou. "Não temos mais a disponibilidade de kits para realização dos testes de influenza na rede privada", finaliza.
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Outros impactos
O crescimento nas contaminações tem afetado trabalhadores das categorias de serviços essenciais, como saúde e transporte. Segundo a SES-DF, 3.207 servidores da pasta precisaram se afastar entre 1º e 31 de dezembro de 2021, de acordo com o último levantamento da pasta. O número representa 10,4% dos servidores ativos estatutários da secretaria.
Entre os profissionais afastados, 146 estavam com covid-19, 175 apresentavam gripe e 273 tinham outras infecções de vias aéreas. A SES-DF informou, em nota à reportagem, que "as escalas dos servidores são ajustadas para não causar nenhum prejuízo à população. Além disso, foram nomeados mais profissionais de saúde recentemente, o que reforça os atendimentos."
A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) contou seis colaboradores com covid-19 apenas nos 10 primeiros dias de 2022. No mesmo período do mês anterior, não houve registro de infecções. De acordo com o Metrô-DF, o período de afastamento do profissional com a doença é de 14 dias. A empresa mantém controle da vacinação contra a covid-19 dos empregados com comorbidades, no retorno ao trabalho presencial.
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