Dignidade menstrual: falta regulamentação no DF

Correio Braziliense
postado em 13/01/2022 00:01
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Nesta semana, completou um ano da sanção da lei 6.779/21 que determina a distribuição gratuita de absorventes em escolas públicas e em UBSs para mulheres em situação de vulnerabilidade no DF. Um exemplo para o país, onde o projeto de dignidade menstrual foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro. Mas a autora do projeto no DF, deputada distrital Arlete Sampaio (PT), adverte: por falta de regulamentação pelo GDF, a lei ainda não saiu do papel. Ela criou a campanha: #REGULAMENTAIBANEIS.

De olho nos números

A gravidade da pandemia fez com que o governador Ibaneis Rocha se envolvesse diretamente em soluções para impedir a propagação da ômicron. Ele conversou com o governador em exercício Paco Britto e tem uma mapa da situação. À coluna, Ibaneis disse que está preocupado: "Mesmo tendo baixa letalidade as internações cresceram muito esses últimos dias". E afirmou que está de olho nos números de internações: "Por enquanto, estamos dando conta, mas atrapalha todo o sistema de saúde. Temos que reverter UTI para UTI Covid. E aumentar os leitos de UTI". Foi o governador quem decidiu que, neste momento, não haveria lockdown, mas determinou a proibição de eventos, como festas e shows.

Mobilização de estudantes contra aulas presenciais nas universidades

Alunos do Ceub estão recolhendo assinaturas contra a volta às aulas presenciais neste momento de dispara das contaminações por ômicron e influenza. As aulas voltam em 14 de fevereiro. A UnB, Católica e IFB seguem pelo mesmo caminho, diferentemente de Universidades federais de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Vacinas já

Secretário de Saúde do DF, Manoel Pafiadache: "87% a 90% das internações são de não vacinados ou com imunização incompleta". Ou seja, as doses não impedem a infecção, mas dão mais chance de recuperação para quem adoeceu.

Disputa por imunização infantil

O DF tem 268.206 crianças de 5 a 11 anos para vacinar, segundo dados da Codeplan. Com as 16,3 mil doses pediátricas da Pfizer que vão chegar amanhã, só dá para aplicar em 40% dos pequenos com 11 anos. E ainda é preciso incluir as crianças com comorbidades e Síndrome de Down. Serão 10 mil para quem tem 11 anos, ou seja, 25% das crianças nessa faixa etária. Não vai ser fácil. Muita gente vai voltar para casa sem a dose contra covid-19.

Sem serviço voluntário na PCDF

Em assembleia nesta semana, delegados sindicalizados do Sindepo decidiram desmarcar toda participação no serviço voluntário de fevereiro da Polícia Civil. O trabalho extra é fundamental para manter as delegacias abertas 24 horas. Eles se uniram ao movimento deflagrado pelo Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), que representa agentes e escrivães, na campanha pelo reajuste da categoria.

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À Queima Roupa

 (crédito:  Raphaella Bechepeche/Divulgação)
crédito: Raphaella Bechepeche/Divulgação

"Todos os contrários às barbáries fascistas devem surfar na onda Lula, e trabalhar pela sua vitória em primeiro turno"

Na sua opinião, o PT-DF deve lançar um nome próprio ao Palácio do Buriti ou negociar uma aliança para apoiar alguém de outro partido?

Estive recentemente com o Lula, a presidente Gleisi Hoffmann e lideranças como Paulo Pimenta e Paulo Teixeira. As prioridades do partido são: a derrota do fascismo e a eleição de Lula. Neste mesmo sentido, estão as prioridades do PT-DF e as definições terão essas mesmas bases.

Qual é o nome mais forte do PT? Rosilene Corrêa ou Geraldo Magela?

O nome mais forte do PT no DF é Lula. Essa definição é fundamental, primordial para qualquer tomada de decisão. Rosilene e Magela são ótimos nomes mas estamos focando na campanha presidencial. Só ela pode devolver ao povo brasileiro e, consequentemente, brasiliense um país com menos desigualdades sociais, entre outras questões graves que enfrentamos agora.

E de outros partidos?

É de conhecimento que todos os partidos estão discutindo as suas estratégias eleitorais. O PT-DF tem dialogado com aqueles que se apresentam dentro do campo democrático e popular e esperamos construir uma forte aliança para derrotarmos a extrema direita que tanto mal tem feito ao país.

Acha que o governador Ibaneis Rocha chega forte na eleição de outubro?

Sim. Até porque é o atual governador do DF e já está sendo beneficiado pela demora nas definições das possíveis candidaturas que o enfrentarão.

Qual é a sua avaliação sobre a atual legislatura na Câmara Legislativa?

A Câmara Legislativa é fundamental para melhorar a qualidade de vida do povo do Distrito Federal, mas terá que ser reinventada na próxima legislatura, na defesa do desenvolvimento social e econômico para todos.

Você teve 7.909 votos em 2018 e não se reelegeu. Vai tentar de novo?

Vou tentar novamente, representando um Coletivo que apoia essa candidatura. Quero continuar fazendo a boa política para todo o DF. Precisamos que a Câmara Legislativa volte a debater e defender, de verdade, os problemas que afligem o povo trabalhador da nossa cidade.

A onda Lula ajuda?

Hoje, enfrentamos um governo fascista e negacionista e o povo sofre essas consequências em todos os aspectos: economia, saúde, segurança, educação. A onda Lula ajuda porque traz esperança ao povo, porque nos traz a lembrança do país que fomos e podemos voltar a ser. Neste sentido, todos os contrários às barbáries fascistas devem surfar na onda Lula, e trabalhar pela sua vitória em primeiro turno.

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