Dono de uma grande trajetória no jornalismo do Distrito Federal e de Goiás, Valdeci Rodrigues morreu na madrugada desta quarta-feira (12/01), aos 61 anos, em Porangatu (GO), onde morava atualmente. O sepultamento acontece às 17h no cemitério local da cidade goiana. Barafo, como era conhecido pelos amigos, deu entrada no hospital durante a virada do ano. Na UTI, ele inicialmente respondeu aos tratamentos, mas não resistiu à doença.
Querido e respeitado no DF e em Goiás, Valdeci trabalhou como repórter de cidades e também realizou coberturas nacionais no Correio Braziliense, entre 1992 e 1994, depois retornou em 2012 e trabalhou por mais um ano no jornal. Além disso, durante seus 37 anos de profissão, passou por diversos veículos de comunicação, como BandNews, rádio CBN e Jornal de Brasília.
Amigo de Barafo desde 1978, o fotógrafo e escritor André Luiz Bianchi guarda boas memórias do companheiro. "Saíamos para cantar e tocar juntos nos bares de Goiânia. A partir daí, nasceu uma amizade muito grande”, conta Bianchi. Emocionado, ele recorda que, por muitas vezes, o convidava para cantar nas noites da capital goiana. “Ele morava em um cortiço. Eu batia na janela e falava que a lua estava muito bonita para ele perder tempo dormindo. A gente passava a madrugada inteira pelas ruas, bebendo e se divertindo. Foram anos incríveis”, recorda o fotógrafo.
Valdeci formou-se em jornalismo em 1990 na Universidade Federal de Goiás (UFG). No ano seguinte, mudou-se para Brasília, para trabalhar no Jornal de Brasília. Foi na capital que o jornalista consolidou sua carreira e construiu uma família. “Fomos nos distanciando por causa da correria das nossas profissões, mas nunca deixamos de nos falar. Tínhamos um carinho muito grande um pelo outro. A notícia do falecimento veio com muito peso e fiquei muito abalado. Parte da minha história morreu junto a ele. Vivemos muitas coisas juntos”, lamenta Bianchi.
Admiração
Valdeci foi casado por 24 anos com Lucenir Rodrigues, 61, com quem teve uma filha, Camila Rodrigues, 20 anos. Mesmo divorciados, Lucenir revela a admiração pelo jornalista. “Eu o considerava muito. Sempre foi um excelente profissional, intelectual, autodidata. Ele era jornalista, radialista, poeta e escritor, músico e um excelente pai, preocupado e dedicado. Como pessoa, era muito agradável com todos, alegre e festivo”, conta.
Colega de trabalho e amigo de Barafo, o jornalista Freddy Charlson lamenta a perda e recorda bons momentos com o parceiro. “Um grande repórter, companheiro de redação. Sempre alto astral, chamando todo mundo de companheiro. Era um prazer trabalhar com o Valdecir. Ele iluminava o ambiente”, recorda, emocionado.
Apaixonado pelo trabalho que fazia, Barafo era conhecido por tornar leve a correria do trabalho. “Nos enchia de alegria. Era realmente um grande companheiro. Sempre estava ali, com sua boinazinha e seu violão. Sempre pronto para alegrar a gente. Estou realmente triste, desolado. uma perda tremenda”, lamenta Freddy.
*Estagiária sob a supervisão de Adson Boaventura
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