Seja fina, em pancadas e tempestades, a chuva permanece constante no DF. Ontem, foi mais um dia chuvoso, e a Defesa Civil disparou um alerta de risco de alagamento para a região do Lago Paranoá. O aviso afirmava que as comportas da barragem foram abertas em 30 cm e pedia para que o público evitasse as margens do lago e a parte inferior da barragem.
Com o verão, o início do ano geralmente é de muitas chuvas. Nos meses de fevereiro tanto de 2020, quanto 2021, também ocorreu a abertura das comportas para dar vasão ao Lago que estava cheio. Porém, neste início de 2022, a medida se mostrou necessária mais cedo, porque a cidade já acumula um período de chuvas fortes.
A abertura é a segunda em 20 dias. No dia 20 de dezembro foi necessário abrir as comportas. Na época a abertura foi maior, liberando 60 cm para a água excedente escoar.
O DF está desde dezembro com intermitência das precipitações, devido ao fenômeno meteorológico intitulado La Niña. Nele, as águas da superfície do oceano pacífico sofrem uma queda de temperatura e esse fator altera o tempo de praticamente toda a América do Sul. No Brasil, o fenômeno aumenta a evaporação da água dos rios da Amazônia, o que gera chuvas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e secas no Sul e Sudeste. As chuvas no DF e na Bahia têm, portanto, a mesma origem.
Zonas de convergências
Essa situação ainda promove a formação de Zonas de Convergência do Atlantico Sul (ZCAS), outro fenômeno que tem como principal característica o céu encoberto e chuvas a qualquer momento. Segundo o meteorologista, Cléber Souza, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é isso que tem atuado sobre a região de Brasília desde a última quinta-feira. O meteorologista ainda adiantou que o fenômeno deve continuar pelo menos até a próxima terça.
Cléber Souza também apontou que a previsão é de que todos os dias dessa semana tenham chuva em Brasília. Ele alertou que, até quarta-feira, são esperadas pancadas na região, mas que nos outros dias há a possibilidade de chover com menos intensidade.
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