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600 mil D3 até o fim do ano

No DF, quase 82% da população com mais de 12 anos — parcela apta a se vacinar, atualmente — está imunizada. Ontem, governador Ibaneis Rocha nomeou 366 profissionais para atuar na atenção básica à saúde, e secretaria confirmou 17 infecções pela cepa ômicron

Pelo menos 600 mil brasilienses terão recebido a terceira dose da vacina contra covid-19 até o fim deste ano. A previsão foi feita pelo secretário da Saúde, general Manoel Pafiadache. Segundo dados da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), 89,32% da população vacinável (acima de 12 anos) do DF está imunizada com a primeira dose (D1); e 81,9%, do público alvo está com o ciclo vacinal completo. 

De acordo com Pafiadache, a pasta trabalha, agora, na busca ativa das pessoas que não tomaram nenhuma dose ou não procuraram os postos de vacinação para tomar a D2. "Haverá inauguração de novos postos de vacinação e testagem em locais de grande movimentação", afirmou o secretário, durante nomeação de novos servidores da saúde. O intervalo para tomar o reforço após ter o clico vacinal completo diminuiu para quatro meses.

Mais enfermeiros

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), assinou o decreto de nomeação de 366 enfermeiros aprovados em concursos públicos da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), ontem, em uma cerimônia no Palácio do Buriti. Os novos servidores que vão integrar o quadro da Secretaria de Saúde são da especialidade de família e comunidade e têm como foco reforçar a atenção primária.

"Acreditamos que saúde se faz nas unidades básicas. É cuidando das famílias que conseguimos fazer saúde. Estamos investindo pesado na construção de UBSs, no reaparelhamento e na consistência das equipes de atendimento à família para que a gente possa, realmente, ter uma saúde de qualidade no DF. Não vai ser da noite para o dia, mas, com trabalho contínuo, ao longo do tempo, nós vamos conseguir dar saúde a população do DF", disse Ibaneis.

O governador destacou que, no início do mandato, tinha um plano montado, para recuperar o sistema de saúde pública do DF, mas foi interrompido pela pandemia. "A covid-19 fez com que nós tirássemos do serviço da saúde, cerca de 800 UTIs para atender aos pacientes com a doença, ainda assim, tivemos dificuldade no atendimento das vítimas de covid. Agora, vamos voltar à normalidade, vamos cuidar das cirurgias eletivas e vamos cuidar das pessoas", ressaltou o chefe do Executivo local.

Além dos 366 enfermeiros, a Secretaria de Saúde nomeou, na última sexta-feira, 78 servidores, sendo 17 administradores, 13 farmacêuticos, 14 enfermeiros de família e comunidade, três enfermeiros obstetras, três analistas de sistemas, um economista, sete fonoaudiólogos, dois contadores, sete técnicos de laboratório em hematologia e hemoterapia, dois médicos endoscopistas, sete cirurgiões de trauma e dois médicos ortopedista).

Pandemia

O Distrito Federal acumula 17 casos confirmados da variante ômicron. Desses registros, 14 são de pessoas que estavam em Cancun, no México, e uma visitava o Canadá. A pasta monitora outros passageiros que tiveram contato com os infectados. Os dois primeiros casos da variante confirmados são de pessoas que vieram da África. O casal está recuperado e apresentaram sintomas leves.

Ao todo, 58 pessoas vindas de Cancun foram contactadas. Dessas, 15 receberam o teste positivo para a covid-19 e 43 apresentaram resultado não detectável para a doença. O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF) realizou o sequenciamento genômico de todos os casos confirmados e, em 12 amostras, foi identificada a cepa ômicron. Nas outras três amostras, não foi possível realizar o sequenciamento. Todas as amostras serão enviadas ao Instituto Adolfo Lutz em São Paulo para validação.

O DF registrou, ontem, 42 casos de covid-19 e três mortes nas últimas 24 horas. Com isso, a capital soma 518.728 infecções e 11 mil óbitos. A taxa de transmissão está em 0,83.

*Estagiário sob a supervisão de Guilherme Marinho