Apadrinhar o futuro é o lema da campanha Sonhos de Natal da instituição Casa Azul Felipe Augusto, que há 32 anos atua no combate às desigualdades sociais, prestando assistência a crianças, adolescentes e famílias do Distrito Federal. Tradição em todo final de ano na organização, que atende mais de 2 mil pessoas em estado de vulnerabilidade social nas regiões de Samambaia, Riacho Fundo 2, Vila Telebrasília e São Sebastião, uma ação presenteia crianças atendidas pela casa com brinquedos e kit material escolar.
Ao todo são 1.200 kits, com um brinquedo, mochila, estojo, cadernos, lápis de cor, canetinhas, canetas e outros materiais, entregues para as crianças de 6 a 14 anos. A presidente da Casa Azul, Deise Lourenço, destaca a importância desse tipo de ação para incentivar que esses jovens retornem à escola. "Este ano, nós estamos reforçando os kits, porque nossas crianças estão um pouco desmotivadas para a escola. Foram praticamente dois anos sem aula presencial e agora muitos não querem voltar. Então, queremos entregar o melhor para que as crianças se sintam motivadas, e recuperem o tempo perdido, em 2022", acrescenta.
Na campanha, cada uma das crianças é apadrinhada por um voluntário que deseja ajudar. Agora, a Casa Azul Felipe Augusto tem enfrentado uma corrida contra o tempo. Faltando menos de uma semana para encerrar as atividades do ano, a organização ainda não conseguiu fechar a quantidade de padrinhos, e ainda faltam 250 kits. "Não vamos deixar nenhuma criança desamparada, mas o dinheiro que vamos gastar para comprar (casos as doações não cheguem), vai fazer falta na manutenção da Casa", explica Deise.
Os padrinhos podem preparar o kit com os materiais descritos ou contribuir com R$ 85 para que a equipe da Casa Azul monte o kit e o padrinho presenteie a criança. A relação dos itens pode ser conferida com a organização pelo telefone (61) 3359-2095 ou ir à sede em Samambaia, na QN 315, Conjunto F, lotes 1/4.
Entre as 100 melhores
A Casa Azul Felipe Augusto recebeu, na semana passada, o Prêmio Melhores ONGs entre as 100 organizações brasileiras do setor vencedoras em 2021. As instituições foram escolhidas pelas boas práticas em quesitos como governança, transparência, comunicação e financiamento. A entidade também venceu como a melhor ONG do Distrito Federal.
Segundo a presidente da Casa Azul, Deise Lourenço, é a quarta vez seguida que a instituição ganha o prêmio. "Para a gente, é muito bom porque dá uma visibilidade do trabalho que a gente faz, pois passamos a ser reconhecidos não só pelo poder público, mas para as empresas privadas, que percebem o trabalho sério da instituição", comemora.
Além do reconhecimento, Deise ressalta que o prêmio é uma motivação para que a instituição evolua cada vez mais. "É importante que cada ano eles colocam novos quesitos, e isso faz com que a gente aprimore a gestão e faz com que a gente tente ficar cada vez melhor. Subir de categoria é uma motivação para que a gente não pare de crescer", aponta.
Este ano, apesar das dificuldades impostas pela pandemia da covid-19, o prêmio teve um número recorde de inscrições:1.033 organizações. Os destaques nas categorias especiais por tipo de causa e melhor ONG foram conhecidos durante a cerimônia oficial de premiação, em 9 de dezembro, com transmissão pelo canal do YouTube do Canal Futura.
A novidade deste ano é o reconhecimento da melhor de cada estado — além das 100 melhores, são reconhecidas a melhor de cada causa, as 10 melhores de pequeno porte e a melhor entre elas.
O Prêmio Melhores ONGs é realizado pelo O Mundo que Queremos, pelo Instituto Doar e pelo Ambev VOA, com apoio de pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Instituto Humanize e do Canal Futura. A premiação reconhece, desde 2017, o trabalho prestado pelas instituições não governamentais no Brasil.
A intenção, além de reconhecer a relevância dos trabalhos prestados, é incentivar boas práticas, assim como a melhoria na gestão de todas as participantes, incluindo as que não são premiadas.