Imunização

Saúde do DF aguarda definição de ministério para vacinar crianças

No DF, há cerca de 678 mil crianças na faixa etária entre 5 e 11 anos. Esse público está autorizado a receber a vacina da Pfizer, segundo anúncio foi feito pela Anvisa nesta quinta (16/12)

O DF aguarda orientações do Ministério da Saúde sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos após anúncio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que autoriza o uso vacinas da Pfizer para essa faixa etária. 

Segundo o secretário de Saúde do DF, general Manoel Pafiadache,  atualmente, há 678 mil crianças nessa faixa etária. "É prematuro a Secretaria de Saúde do Distrito Federal falar ou tomar qualquer tipo de atitude em relação à vacinação das crianças de 5 a 11 anos, aprovada pela Anvisa hoje. Estamos aguardando o relatório do Ministério da Saúde sobre o que fazer, quando fazer, e principalmente, em relação às doses que temos para receber (destinados a esse público)", explicou, durante coletiva de imprensa.

O anúncio foi feito pela Anvisa em transmissão ao vivo pelo Youtube. Para o público infantil, a dose é de um terço em relação à dose aprovada para adolescentes maiores de 12 anos. No evento participaram os diretores da agência e os gerentes-gerais Gustavo Mendes (medicamentos) e Suzie Marie Mendes (monitoramento). Gustavo Mendes foi o primeiro a fazer esclarecimentos, apresentando uma linha do tempo dos eventos que se deram até a aprovação do imunizante. No dia 12 de novembro deste ano, houve submissão do pedido para utilização da vacina. A Anvisa fez exigências para o pedido, que foram cumpridas em 11 dias pela empresa fabricante. Mendes também apresentou evidências que dão base à utilização da vacina nesse público, e destacou a incidência de casos nessa faixa da população e a eficácia do imunizante. “A gente entende que o número de casos de covid-19 tem sido representativo na população pediátrica. Temos um perfil de segurança positivo com a vacinação e nós temos resultados importantes de geração de anticorpos nessa população”, explica.

A gerente-geral de monitoramento Suzie Marie Mendes destacou o panorama internacional da aplicação da vacina em países como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Austrália e Holanda. “Verificamos que produtos administrados em pacientes em idade errada, administração de doses incorretas e problemas na preparação do produto representaram 52% dos casos notificados", ressalta. Além disso, a gerente também expôs que parte do plano de gerenciamento de risco envolve compromissos estabelecidos pela fabricante na utilização, como submissão de dados complementares e “farmacologia intensiva dos eventos adversos pós-vacinais”, treinamento de profissionais e comunicação de risco para os pais e responsáveis.

No Distrito Federal, ainda não há previsão de aplicação das doses para essa faixa etária. Os esclarecimentos sobre a autorização feita pela Anvisa serão dados pela Secretaria de Saúde em entrevista coletiva, realizada nesta quinta-feira, às 15h.

As vacinas para esse grupo têm dose de um terço da aprovada anteriormente. Por ser de formulação pediátrica diferente, ela também não pode ser diluída. Além disso, para adolescentes que completaram 12 anos entre a primeira e segunda dose, é importante manter a dose pediátrica. Veja diferenças entre as vacinas:

Anvisa/Divulgação - Diferenças entre a vacina aprovada e a anterior