Pela segunda vez, a empresa brasiliense Papelito Brasil foi a vencedora do prêmio de melhor stand na ExpoCannabis 2021, ocorrida no começo do mês no Uruguai. O encontro é um dos em um dos maiores eventos de cultura canábica do mundo.
Ao lado de mais de 250 expositores, a Papelito levou produtos e inovações, desde o design até ações ecológicas para promover uma economia sustentável, o que rendeu o troféu este ano. “É muito gratificante ser premiado em um evento com marcas do mundo todo, vindo de um dos mercados mais competitivos e onde ainda lidamos com muita discriminação”, comemora Chrystian Sarkis, sócio administrador da empresa.
A Papelito nasceu em 2012 como uma marca de papéis para enrolar e de lá para cá aumentou sua linha para mais de 25 produtos, sempre buscando redução de impactos e sustentabilidade. Além dessa preocupação ambiental, com projetos como reflorestamento de 100 mil árvores, a marca é focada na redução de danos, focando em produtos que agridam menos o organismo do seu público, como filtros e piteiras, além de papeis de baixa gramatura.
"Sabemos das diversas vantagens da legalização da maconha no Brasil. Fim do tráfico, produção de remédios, papel, roupas e mesmo no turismo brasileiro são só algumas das diversas vantagens. Fazer este lançamento no Uruguai é também trazer essa discussão para cá. Hoje, menos do que há 10 anos, ainda há um constrangimento ao comprar produtos canábicos por medo de preconceito e violência policial, por exemplo. Hoje, parte do trabalho é educar o público quanto à cannabis. A legalização também nos ajudaria nesse sentido, nos desobrigando de sermos um dos únicos a trazer esse assunto à baila", argumentou Daniel Chacal, head de Marketing da Papelito.
Regulamentação no Brasil
A ExpoCannabis teve sua oitava edição este ano e é marcada por ser um encontro que visa levar maior informação sobre cultivo, uso medicinal, recreativo, industrial, científico e cultural de maconha. Além dos stands, o encontro tem shows, palestras, debates e apresentações culturais.
De acordo com o sócio administrador da Papelito, Rossini Sarkis, as propostas de lei para uso medicinal da planta no Brasil ainda engatinham, sem prazo certo para votação, enquanto a legalização para uso recreativo nem é considerada. “Um evento desse porte no Brasil ajudaria a promover o debate sobre legalização e desfazer diversos preconceitos sobre maconha”, afirmou.