A operação que apura esquema de rachadinha na Câmara Legislativa do DF e fraude nas folhas de ponto por servidores do gabinete do deputado Daniel Donizet (PL) resultou na apreensão de, aproximadamente, R$110 mil em dinheiro, na manhã desta terça-feira (14/12). A apreensão foi feita em um dos oito endereços vinculados a um dos funcionários. Os mandados foram cumpridos no DF e no Goiás, bem como na CLDF.
Os policias chegaram à CLDF em duas viaturas do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da PCDF, e um carro do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para executar as buscas no Gabinete do Deputado Daniel Donizet (PL). Sob clima de tensão, os seguranças e funcionários da CLDF não comentaram o ocorrido. Por volta de 8:45h, o Gaeco deixou o local sem dar informações sobre a operação. A PCDF continua na Câmara.
Em nota, o Deputado Daniel Donizet ressaltou estar calmo por não haver fundamentos na denúncia envolvendo o gabinete dele em esquemas de "rachadinha". "Sobre a operação deflagrada hoje pela Polícia Civil, afirmo, com muita tranquilidade, que as denúncias são completamente infundadas. Ainda não tive acesso ao inquérito policial para entender o que motivou as buscas realizadas. Já estou em contato com o meu advogado. Assim que tivermos o conteúdo das investigações em mãos, iremos soltar uma nota de esclarecimento", diz a nota.
Investigações
Os policiais deram início às investigações em 2019, depois de receberem informações de que alguns servidores do gabinete parlamentar não exerciam as funções e repassavam parte de suas remunerações ao parlamentar por meio do chefe de gabinete. No decorrer das diligências, os investigadores colheram provas que comprovaram que os servidores assinavam as folhas de ponto, mas não compareciam à CLDF, mesmo antes do período da pandemia covid-19, em que as atividades presenciais foram suspensas.
São cumpridos oito mandados de busca e apreensão na CLDF e em outros endereços do DF e de Goiás. A ideia é reunir documentos que mostrem a irregularidade. Pagamentos de rachadinhas também estão sendo investigados.
Já o MPDFT informou que não irá comentar o caso. "A operação corre em sigilo. Por esse motivo, o MPDFT não vai comentar e não pode prestar mais informações neste momento".
Já o MPDFT informou que não irá comentar o caso. "A operação corre em sigilo. Por esse motivo, o MPDFT não vai comentar e não pode prestar mais informações neste momento".