Há dois dias com algumas plataformas do Ministério da Saúde fora do ar, brasilienses enfrentam fila e espera de uma hora para receber as doses do imunizante contra a covid-19. Essa foi a realidade de quem foi até a unidade básica de saúde (UBS) 3 de Taguatinga ontem. Com a falha no sistema de informação do programa nacional de imunizações (SIPNI) e em outros aplicativos da pasta, as equipes de saúde ficaram sem acesso ao banco de dados on-line e precisaram preencher as fichas manualmente, o que causa um pouco de demora no atendimento.
Morador de Samambaia Norte Jefferson Gomes de Amorim, 43 anos, conta que chegou à UBS 3 de Taguatinga por volta das 14h30, para vacinar a filha de 12 anos, e só foi atendido às 15h40. Apesar da demora, o sentimento é de dever cumprido. "Ela completou 12 anos em 23 de novembro. Por mim, levava ela para vacinar no dia seguinte, mas com a correria só conseguimos agora", relata o técnico de informática.
Sobre a instabilidade nos sistemas do Ministério da Saúde, após um possível ataque cibernético, Jefferson se preocupa com a segurança dos dados da população que estão armazenados nas plataformas. "O meu maior receio é o que eles (hackers) podem fazer com os dados coletados. Se é que houve um ataque", pondera ele que, usou o ConecteSus uma vez para acompanhar os lançamentos das doses contra a covid. No entanto, não utiliza o aplicativo com frequência.
A aplicação do reforço da Janssen, para quem recebeu o imunizante de dose única até 30 de junho, iniciou na última sexta-feira. Para receber a dose, é necessário levar o cartão de vacinação e um documento de identificação com foto.