O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade de Brasília (UnB) aprovou uma proposta de regularização dos semestres letivos na instituição. As datas preveem a realização de semestres com, no mínimo, 90 dias de aulas em 2022, começando em 6 de junho e se encerrando em 18 de fevereiro do ano seguinte. O Conselho definiu que as férias entre os semestres serão de, no mínimo, 30 dias. Em 2023, as aulas estão previstas para começarem em 28 de março e se encerrarem em 23 de dezembro e serem retomadas em 2 de janeiro. A expectativa é de que os períodos voltem a ter 100 dias, o padrão da universidade.
O novo calendário, que tem o objetivo de equilibrar o andamento acadêmico, civil e fiscal da UnB, foi aprovado por 32 votos a favor e duas abstenções. A proposta inicial foi apresentada na reunião anterior e avaliada pelas unidades acadêmicas, que teceram suas considerações e fizeram pequenas alterações nas datas indicadas. A partir dos pontos apresentados, foi construída uma sugestão que, durante a discussão dos membros do conselho, se mostrou como a mais consensual.
De acordo com a proposta final apresentada e aprovada, o primeiro semestre de 2023 acontecerá em harmonia com o calendário civil, corrigindo o descompasso dos semestres. Vice-reitor da UnB, Enrique Huelva comemorou a determinação. "Agradeço esse esforço dialógico das unidades e do Cepe e de termos conseguido tomar essa decisão pelo caminho do consenso, levando em consideração, dentro do possível, todas as análises apresentadas", avaliou Huelva. No entendimento do Decanato de Ensino de Graduação (DEG), a correção no descompasso do calendário é urgente, e a proposta traz previsibilidade em momento de crise. "Incertezas sobre a formatura e planos pessoais também são motivo de adoecimento. Sabemos que é cansativo, mas temos que pesar o custo-benefício", defendeu o decano Diêgo Madureira.
Atraso
O calendário acadêmico entrou em desacordo com o calendário civil após o início da pandemia de covid-19. Em 12 de março de 2020, o Cepe suspendeu as aulas devido ao decreto do Governo do Distrito Federal (GDF) que proibia a realização de atividades educacionais presenciais como forma de combate à doença. A universidade passou cerca de cinco meses com as aulas suspensas, tanto no formato on-line quanto no presencial. Em agosto de 2020, o ano letivo foi retomado de maneira remota. Durante o período, os alunos precisaram aprender a interagir com novas plataformas de ensino.
Em 7 de dezembro, a UnB optou por retornar, de forma gradual, as atividades presenciais. A preferência da volta foi para disciplinas que atendiam a prováveis formandos da universidade. O planejamento inclui um plano alternativo, para caso o Cepe decida migrar com todas as atividades pela internet. O retorno presencial foi possível após o avanço da vacinação contra a covid-19 e contém diversas regras para evitar a disseminação do novo coronavírus em cada ambiente da instituição.
As pessoas devem utilizar máscaras de proteção facial durante todo o expediente presencial nos espaços da Universidade de Brasília e manter o distanciamento social nos ambientes coletivos. Deverão, também, notificar casos suspeitos ou confirmados de covid-19 para a Coordenação de Atenção e Vigilância em Saúde (Coavs). A instituição recomenda que todos reportem o estado de saúde diariamente no aplicativo Guardiões da Saúde.
A Universidade de Brasília oferece cerca de 150 cursos de graduação e conta com 2.573 profissionais no corpo docente. Entre os alunos, há cerca de 48 mil pessoas contando com os cursos de graduação e de pós-graduação. Os dados são do anuário estatístico da UnB.