A aposentada Geralda Cândida Santos do Nascimento, 79 anos, foi velada, no começo da tarde desta quinta-feira (9/12), no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul, em clima de dor e revolta. A cerimônia começou às 13h e reuniu cerca de 70 pessoas na Capela 9. Vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), a idosa foi estrangulada na tarde de segunda-feira (6/12) dentro de casa, no Guará 2.
Para André Neves, 24, neto de Geralda, a avó deixa o exemplo de uma mulher bondosa, compreensível e de coração bom. "A gente nunca imagina que um crime desse aconteça com a gente. Ainda mais uma pessoa que não fazia mal a ninguém. Falar da minha avó não tem palavras. O tanto que ela era boa e amada", disse.
Formado em direito, André conta que a brutalidade com a avó o incentivou a atuar na advocacia criminal. "A justiça de Deus já está marcada. Agora, buscamos pela justiça do homem, que esse criminoso seja preso. Minha avó ficará para sempre em nossas recordações", enfatizou.
O crime
Geralda estava em casa, na QE 30, quando atendeu a uma pessoa que chamava no portão. O homem, já identificado pela polícia, aparece em câmeras do circuito interno de segurança em frente à residência da idosa. Segundo as investigações, o suspeito se passou por marceneiro e fingiu estar oferecendo serviços para conseguir entrar no imóvel.
A vítima morava com as duas netas, que, no dia do crime, saíram cedo para trabalhar. No começo da tarde, quando uma das netas chegou em casa, encontrou o corpo da avó caído ao chão, com sinais de estrangulamento e com um fio de tomada envolto ao pescoço. Equipes do Corpo de Bombeiros Militar foram acionadas e constataram o óbito.
O homem que aparece nas imagens saiu de casa em casa na quadra batendo nos portões e oferecendo serviços de marceneiro. Uma moradora que preferiu não se identificar contou que o suspeito também passou na residência dela. "Eu achei muito estranho e não abri o portão", disse. Até a última atualização dessa reportagem, ninguém havia sido preso. A Polícia Civil pede para que, caso alguém tenha visto o suspeito, ligue para o número 197. O sigilo é garantido.