A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu preventivamente, na noite desta terça-feira (7/12), o suspeito de assassinar Drielle Ribeiro da Silva, 34 anos. Juvenilton Aquino da Costa, 36, esfaqueou, ao menos 59 vezes, a dona de casa, na noite de domingo (5/12). O corpo da mulher foi encontrado em um gramado, na QR 206, próximo à linha do trem do metrô de Samambaia.
O relacionamento entre Drielle e Juvenilton começou em 2013. O casal teve um filho, que atualmente tem 7 anos, e morava com a vítima, também em Samambaia. As adversidades na relação começaram a surgir dois meses depois do nascimento do menino. Os dois, então, decidiram se separar por causa de ciúmes excessivo, mas os problemas perduraram.
A Polícia Civil do DF tomou conhecimento acerca do crime por volta das 8h de segunda-feira (6/12), quando uma pessoa passou pela QR 206 e avistou um corpo no gramado. A Polícia Militar do DF também foi acionada. Investigadores da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) acreditam que Drielle foi morta por volta da 00h.
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Foram ao menos 59 facadas desferidas contra o corpo de Drielle, segundo a PCDF. A irmã da vítima relatou que, por volta das 22h30 de domingo, enviou uma mensagem à ela perguntando se estava tudo bem. Em resposta, Drielle disse que sim. Segundo a PMDF, após assassinar a mulher, Juvenilton foi na casa do pai, pegou uma mochila com roupas e fugiu.
Relação conturbada
Em abril do ano passado, Drielle registrou ao menos dois boletins de ocorrência no âmbito Maria da Penha contra Juvenilton. Com medidas protetivas deferidas pela Justiça e proibido de se aproximar da mulher, em 3 de abril Juvenilton compareceu a uma festa em Samambaia, mesmo local onde Drielle estava. A mulher chegou por volta das 22h e o acusado foi pouco tempo depois, às 23h30. Em relato, a dona de casa disse que, durante todo o evento, o homem a vigiava, com características de perseguição.
Um dia depois da festa, em 4 de abril, Drielle retornou à delegacia para relatar uma outra situação. Segundo depoimento prestado à época, a vítima caminhava em direção à porta da casa do irmão, na QR 206, quando viu Juvenilton, que mora em uma quadra próxima.
Em segundos, uma viatura da Polícia Militar do DF passou pelo local. Agressivo, o homem dirigiu-se a ela e disse: “Você chamou essa viatura para mim?”. Drielle respondeu que não sabia que a viatura estava lá. Em resposta, o homem ameaçou: “Você fica ligeira. Vou te matar e beber seu sangue, sua piranha! Vagabunda”.
Ainda em interrogatório, Drielle contou que, após xingá-la e ameaçá-la, Juvenilton tentou agredi-la, mas teria sido impedido pelo pai. Uma irmã de Drielle, que preferiu não se identificar, contou ao Correio que o relacionamento entre o casal era conturbado. Disse, inclusive, que certa vez o agressor tentou atropelá-la de carro, a arrastando pela rua. Em outra ocasião, Juvenilton ateou fogo em uma foto após uma briga.