Duas pessoas foram presas preventivamente nesta segunda-feira (6/12), durante uma ação da 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina) que investigava uma organização criminosa especializada em aplicar golpes contra distribuidores e atacadistas. O trabalho de acompanhamento dos crimes durou cerca de um ano. Agora, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) continuará os trabalhos, na tentativa de identificar novas vítimas dos estelionatários.
Os dois alvos presos são líderes da organização criminosa. O primeiro deles, David dos Santos Freire, atuava como gerente da célula responsável pela prática dos estelionatos. O segundo, Edilson do Vale, integrava esse núcleo e, nas eleições municipais de 2020, tentou se eleger vereador de Planaltina (GO).
Ao longo das investigações, outras pessoas foram detidas em flagrante e temporariamente. Além disso, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão de veículos, mercadorias e conseguiram bloqueios de valores milionários em dinheiro. As provas coletadas nessa etapa das apurações deram base à elaboração do inquérito policial que permitiu desarticular a organização criminosa.
As informações resultaram no registro de denúncias contra 12 investigados, por mais de 110 crimes, como lavagem de dinheiro, receptação qualificada, estelionato, falsificação de documento público e privado, falsidade ideológica e uso de documento falso.
Golpes
As mercadorias fruto dos estelionatos eram recebidas em três mercados de Planaltina (DF) e revendidas por preços abaixo do praticado no comércio, para ajudar a eliminar eventuais provas. Administrador dos estabelecimentos comerciais e chefe da organização, Rafael Silva da Costa ficava responsável pelo financiamento das atividades do grupo criminoso.
A organização contava, inclusive, com um núcleo de contabilidade, responsável pela abertura de empresas em nome de terceiros, movimentação contábil e emissão de certificados digitais para viabilizar as fraudes. A polícia indiciou um contador, uma certificadora digital e um jovem que seria "laranja" do grupo.
Já o núcleo responsável pela lavagem de dinheiro era gerenciado por um parente e sócio do líder. A atividade consistia na compra de veículos com parte do dinheiro obtido por meio dos crimes, mas registrados em nome de terceiros — geralmente, funcionários dos mercados —, para dissimular a origem ilícita das quantias.
Com informações da Polícia Civil do Distrito Federal
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