Foi enterrada, na manhã desta quarta-feira (6/12), Giovanna Laura Santos Peters. A jovem foi assassinada pelo namorado, o motoboy Leandro Araújo Marques, 22 anos. O sepultamento ocorreu no Cemitério de Taguatinga e foi acompanhado por familiares e pessoas próximas. Devido ao intenso clima de comoção, uma equipe de socorro também foi disponibilizada para acompanhar a cerimônia.
Até por volta das 11h, o caixão da jovem permaneceu na capela para visitação de familiares e amigos. Muitas pessoas apareceram para prestar homenagens e o sentimento de desolação com o ocorrido era visível em todos. Por volta de 12h, o caixão foi enterrado, e os presentes soltaram balões nas cores rosa e branco em homenagem à jovem.
O clima de tristeza ficou mais intenso durante a descida do caixão. Por não conseguir conter as emoções, alguns dos presentes se afastaram do local da cerimônia. Segundo Luciana Santos, 50, amiga próxima da família, muitas pessoas passaram mal, inclusive a mãe, a irmã e a tia, que tiveram de ser socorridas. “A irmã dela e a tia que estavam chorando. Várias pessoas passaram mal e nós tivemos um abrigo muito grande com o pessoal da brigada do bombeiro. Tivemos muita assistência”, relata.
Luciana também descreve o sentimento de dor e a percepção de que foi “uma crueldade muito grande” feita com Giovanna Peters. Luciana contou que, devido ao histórico de violência praticada por Leandro, aconselhava constantemente o término do relacionamento. “O histórico da agressão que tinha com a Giovanna a gente sabia. Sempre a aconselhamos, há muito já estava na hora de parar, porque esse relacionamento não estava bom. Não estava fazendo bem, nem a ela, nem aos amigos, nem aos familiares”, esclarece.
A amiga da família também ressaltou a “sensação de vazio” sentida por ela pelos familiares. “Não tem outras palavras, só saudade e dor”, descreve. Além da tristeza, o que também se destaca é o pedido por justiça. “Pedimos justiça, porque é menos uma mulher [viva], e mais uma agredida”, pontua.
Entenda o caso
O assassino confesso de Giovanna teve a prisão preventiva decretada pela Justiça nesta segunda-feira (6/12). No domingo passado (28/11), Leandro Marques buscou Giovanna Peters em casa e seguiu com ela para a residência dele, em Ceilândia. Após uma discussão motivada por ciúmes, Leandro cortou a garganta da jovem com um facão. O corpo da vítima permaneceu na casa dele até a manhã de segunda-feira (29/11).
Por volta das 7h, o assassino pegou emprestado o carro de um amigo e dirigiu cerca de 3km, até um local próximo à antiga Academia da Polícia Civil, em Taguatinga. Lá ele abandonou o corpo em uma área de mata. Duas horas depois, Leandro manteve contato com a família de Giovanna, se passando pela vítima. As investigações chegaram ao motoboy após uma grande quantidade de sangue ser encontrada em sua casa e por inconsistências nas informações passadas. Depois de ser pressionado, o namorado da jovem confessou o crime e disse onde teria ocultado o corpo, que estava em estado de decomposição quando foi descoberto.