Mobilidade

Novo aporte de R$ 166 milhões para empresas de ônibus é aprovado pela CLDF

É o quarto aporte financeiro que a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprova para empresas de ônibus do Distrito Federal. Texto segue para sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB)

Em sessão ordinária no início da noite desta quarta-feira (1°/12), o Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou um novo repasse, de R$ 166 milhões, para empresas de ônibus que atuam no transporte público do DF. É o quarto crédito suplementar aprovado pela Casa para as empresas. O texto segue para sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB).

Com a presença de 15 deputados, quatro votaram contra o projeto de lei de autoria do Executivo local em favor da Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (SEMOB): Júlia Lucy (Novo), Fábio Félix (Psol), Leandro Grass (Rede) e Reginaldo Veras (PDT). “Seria justificável (reequilibrar os orçamentos das empresas) na medida em que houvesse transparência, o que não existe. Nós não temos acesso aos dados do sistema de bilhetagem para conferir se o que as empresas informam que tem que receber, é, de fato, o que elas têm que receber”, disse o deputado Leandro Grass, em contato ao Correio.

No detalhamento do projeto de lei aprovado, R$ 75 milhões do aporte é para despesas de manutenção do equilíbrio financeiro do sistema de transporte coletivo; R$ 56 milhões para a concessão de passe livre estudantil; e R$ 35 milhões para a concessão de passe livre para portadores de necessidades especiais. Landro Grass avalia que não ter acesso aos gastos e aos custos das empresas de ônibus impossibilita julgar a proposta que abre crédito suplementar. “Estamos vendo diariamente ônibus quebrando, lotados, mal cuidados, sujos, a população esperando horas e horas nos pontos de ônibus. Pela falta de transparência e pela péssima qualidade do sistema, não temos condições de continuar aprovando mais recursos para as empresas, até que elas decidem provar que têm direito a receber esses recursos”, concluiu o distrital.

Os custos do crédito suplementar serão financiados pelo excesso de arrecadação da fonte de recursos proveniente das receitas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

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Quarta vez

Pela quarta vez, as empresas de ônibus do transporte público receberão aporte. Em 31 de dezembro, os mesmos deputados que votaram contra o crédito suplementar retornaram a votar negativamente, sinalizando que não veem necessidade de novo crédito. À época, os parlamentares de oposição questionavam o subsídio e avaliaram que não haveria comprovação de desequilíbrio nos contratos. A bancada governista, no entanto, afirmou que as empresas tiveram queda na arrecadação devido à pandemia de covid-19 e, por isso, o crédito suplementar foi aprovado.

*Estagiário sob a supervisão de Guilherme Marinho