O governador Ibaneis Rocha (MDB) avaliou, ontem, que o momento não é de desespero sobre a nova variante ômicron do coronavírus. Segundo o chefe do Executivo local, a Secretaria de Saúde acompanha os exames de um caso suspeito na capital. A pessoa teria vindo recentemente de uma viagem da África.
"Por enquanto, nós não temos com o que nos assustar. A última variante, que foi a delta, todo mundo se assustou no início, e ela terminou não causando nenhuma tipo de prejuízo à população e nenhum tipo de retrocesso", destacou o governador, ontem, após o evento de assinatura do termo da ordem de serviço para o início da construção da terceira saída de Águas Claras.
Questionado sobre a nova variante, Ibaneis ressaltou que é importante manter os cuidados, vacinar a população e analisar os números relacionados à covid-19. "Nós vamos trabalhar e observar os dados. Não podemos ficar assustados. Temos que nos vacinar e tomar os determinados cuidados que são necessários. Nós vamos ter que enfrentar várias variantes, essa vai ser só mais uma delas", pontuou.
Segundo o chefe do Executivo local, um caso da variante ômicron é investigado na capital, e o resultado deve sair nos próximos dias. "Temos aqui no DF um caso sob análise de uma pessoa que veio da África. A gente espera que amanhã ou depois tenha a conclusão do mapeamento que está sendo feito pela Secretaria de Saúde", comentou Ibaneis.
Sobre o cancelamento do réveillon na capital, o governador explicou que "foi uma decisão completamente como precaução para esse momento". Já com relação a medidas restritivas de festas de réveillon particulares, Ibaneis destacou que a medida, por enquanto, é apenas para a comemoração pública.
Transmissão em queda
Em entrevista ao Correio, o pesquisador do Centro Universitário Iesb Breno Aidad explicou que não dá para saber em quanto tempo a nova variante vai se disseminar no DF. "O tempo médio de cada variante depende de suas características de transmissibilidade. Até agora, os estudos indicam, devido às suas mutações, que ela possui uma transmissibilidade superior à delta e, em teoria, geraria uma resposta menos efetiva das vacinas que têm boa performance com as variantes até então", destacou.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que "pretende intensificar as ações de testagem, reforçar as ações de vigilância genômica, a busca ativa na vacinação e a manutenção da capacidade da rede em responder às demandas assistenciais". O boletim divulgado ontem pela pasta confirmou 147 novos casos do vírus, o que totaliza 517,8 mil diagnósticos desde o início da pandemia. Com três mortes por complicações da covid-19 ocorridas entre 25 de setembro e 29 de novembro, o Distrito Federal chegou a 11.038 óbitos.
A taxa de transmissão do novo coronavírus registrou nova queda, ficou em 0,79. Dessa forma, um grupo de 100 pessoas pode infectar outras 79. Na segunda-feira, o número foi de 0,81.