Saúde

Meditação para combater estresse e depressão

Ao CB.Saúde, presidente da Sociedade Vipassana falou sobre com a atividade praticada diariamente ajuda a extrair sentimentos negativos, além de contribuir contra futuras doenças

Eduardo Fernandes*
postado em 31/12/2021 06:00
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O CB.Saúde — programa do Correio Braziliense em parceria com a TV Brasília, recebeu, ontem, o presidente da Sociedade Vipassana de Meditação, Régis Guimarães, que comentou sobre a importância da meditação em combate a problemas relacionados à saúde mental. Segundo ele, a prática é uma ferramenta necessária aliviar o estresse, a depressão e outros transtornos mentais, principalmente no momento de pandemia vivido pela sociedade.

Apenas em 2021, o crescimento da depressão ficou evidente no aumento de 17% no uso de antidepressivos destacados pelo presidente. O alto número, na ótica dele, é um forte indicador de como a doença tem se instalado na sociedade humana. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo.

Para Régis, muitos fatores ocasionam o estresse intenso vivido pelos brasileiros. O isolamento social, a instabilidade social, a política e a economia são os principais motivos mencionados por ele. A meditação, em tempos de pandemia, pode ser essencial para eliminar eventuais sentimentos negativos que possam surgir. Trabalhar o mental, com a ajuda dos exercícios, por pelo menos 20 minutos ao dia, ajuda a evitar os comportamentos negativos do cérebro.

“A meditação é uma ferramenta para isso, porque o propósito dela é criar em nós mais consciência. Para nos conscientizarmos e entendermos se estamos escolhendo as coisas por automatismos relacionados às nossas experiências de vida ou se de fato estamos conscientes das nossas escolhas”, pontua. O ato de meditar é um exercício de consciência, ajudando a focalizar e entender as reações da mente com as coisas ruins que acontecem.

A meditação surgiu na vida do presidente após problemas sucessivos de saúde. Por conta das viagens e da vida pesada de executivo, problemas estomacais, respiratórios, insônia e instabilidades emocionais começaram a fazer parte da sua rotina. Mas foi em um dos países pelo qual passou que descobriu uma forma de aliviar todas essas dificuldades. "Em uma viagem ocasional à Índia, tive a oportunidade de praticar meditação por algum tempo. Conheci alguns mestres e me entreguei realmente ao exercício”, comenta Régis.

Logo em seguida, ele trouxe os ensinamentos para sua casa, na tentativa de enriquecer a vida dos familiares e amigos. A prática, além de ajudar a perceber sensações de ira, ansiedade e permitir que o indivíduo consiga extraí-las da mente, também pode contribuir bastante contra futuras doenças. De acordo com Régis, no caso dos idosos, o exercício contínuo é benéfico e capaz de retardar o alzheimer, pois fortalece o hipocampo, local do cérebro responsável por armazenar a memória.

O ideal é que qualquer pessoa possa praticar a atividade, inclusive as de personalidade mais agitada. Ao contrário do que muitos pensam, meditar não é simplesmente parar de pensar, mas deixar de fixar sua mente somente no negativo. "A beleza do processo de treinamento mental, é conseguir tirar o que existe de indesejável na mente e arrancar completamente o foco disso. O treinamento mental permite a desfocalização desses pensamentos negativos. Se eu deixo minha atenção visitar minhas situações, passa a ser nossa realidade”, diz.

 

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