O corpo de Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, foi liberado do Instituto de Medicina Legal (IML), nesta sexta-feira (24/12). O da filha, Tauane Rebeca da Silva, 14, foi liberado na última quarta (22/12), mas a família aguardava para sepultar mãe e filha juntas. Segundo apuração do Correio, devido à dificuldade de conseguir as digitais de Shirlene, por causa do estado de decomposição, o corpo dela demorou a ser periciado.
A família tenta agora marcar o sepultamento das duas ainda hoje, segundo a irmã da vítima, Shirlei Silva, 39 anos. “Estamos indo para o IML e queremos enterrar ainda hoje. Estamos tentando marcar”, disse ao Correio.
Laudo
O laudo da perícia feita nos corpos de Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e da filha, Tauane Rebeca da Silva, 14, deve ficar pronto em 10 dias. O trabalho teve início na terça-feira (21/12). Segundo o delegado Gustavo Augusto, da 19ª Delegacia de Polícia, que investiga o caso, foi solicitado urgência na entrega dos resultados.
“Geralmente, esse laudo fica pronto em um mês, mas eu pedi prioridade”, ressaltou o policial. As vítimas foram encontradas na segunda-feira (20/12), a cerca de 500 metros da margem do córrego Coruja, depois de 11 dias desaparecidas. Os corpos estavam parcialmente enterrados, escondidos por folhas secas. A polícia identificou marcas de perfurações provocadas por esfaqueamento no tórax de Shirlene e no pescoço de Tauane.
A polícia acredita que mãe e filha tomaram banho no córrego e, na volta para casa, foram abordadas e levadas até o local onde os corpos foram encontrados, além de haver a possibilidade de reação das vítimas antes de serem mortas. “A gente acredita que elas foram abordadas e obrigadas a atravessar até próximo onde pode ter ocorrido o homicídio; lá elas reagiram. Porque, apesar do laudo não ter saído, o perito nos passou que teve reação e elas morreram a facadas”, revelou o delegado do caso.
Além disso, Gustavo Augusto avalia se houve ou não tentativa de crime sexual. “Elas estavam vestidas e, provavelmente, o autor poderia ter a intenção de abuso sexual, mas não sabemos a motivação ainda. Provavelmente, não foram arrastadas e, sim, foram coagidas até aquele local quando houve a reação. É o que eu imagino”, ponderou o delegado.
Suspeitos
O delegado Gustavo confirmou que há um suspeito de ter cometido o crime, mas ressaltou a cautela necessária na investigação do caso e a importância das provas biológicas com auxílio tecnológico para desvendar esse mistério. “A gente está relacionando alguns suspeitos, mas é muito pouco para a gente apontar, porque não temos testemunhas. Nós vamos precisar, depois, com os laudos biológicos, fazer um confronto com o que a gente está levantando”, avaliou. “É um caso que vai demandar um tempo maior e vai precisar de provas biológicas e tecnológicas para fazermos os confrontos e apontar a autoria”, acrescentou.
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