O laudo da perícia feito nos corpos da mãe, Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e da filha, Tauane Rebeca da Silva, 14, deve ficar pronto em 10 dias. O trabalho teve início na terça-feira (21/12). Segundo o delegado Gustavo Augusto, da 19ª Delegacia de Polícia, que investiga o caso, foi solicitado urgência na entrega dos resultados.
“Geralmente, esse laudo fica pronto em um mês, mas eu pedi prioridade”, ressaltou o policial. As vítimas foram encontradas na segunda-feira (20/12), a cerca de 500 metros da margem do córrego Coruja, depois de 11 dias desaparecidas. Os corpos estavam parcialmente enterrados, escondidos por folhas secas. A polícia identificou marcas de perfurações provocadas por esfaqueamento no tórax de Shirlene e no pescoço de Tauane.
A polícia acredita que mãe e filha tomaram banho no córrego e, na volta para casa, foram abordadas e levadas até o local onde os corpos foram encontrados, além de haver a possibilidade de reação das vítimas antes de serem mortas. “A gente acredita que elas foram abordadas e obrigadas a atravessar até próximo onde pode ter ocorrido o homicídio; lá elas reagiram. Porque, apesar do laudo não ter saído, o perito nos passou que teve reação e elas morreram a facadas”, revelou o delegado do caso.
Além disso, Gustavo Augusto avalia se houve ou não tentativa de crime sexual. “Elas estavam vestidas e, provavelmente, o autor poderia ter a intenção de abuso sexual, mas não sabemos a motivação ainda. Provavelmente, não foram arrastadas e, sim, foram coagidas até aquele local quando houve a reação. É o que eu imagino”, ponderou o delegado.
Traçando os últimos passos das vítimas, uma equipe da delegacia foi até o local do crime, na região do Sol Nascente, para entender melhor o que pode ter ocorrido e fazer uma varredura na procura da faca ou instrumentos utilizados. “Não encontramos nada. Eu fiz o percurso que provavelmente elas fizeram até chegar no local do corpo, até para tentar identificar testemunhas e colher mais informações”, destacou o delegado.
Suspeitos
O delegado Gustavo confirmou que há um suspeito de ter cometido o crime, mas ressaltou a cautela necessária na investigação do caso e a importância das provas biológicas com auxílio tecnológico para desvendar esse mistério. “A gente está relacionando alguns suspeitos, mas é muito pouco para a gente apontar, porque não temos testemunhas. Nós vamos precisar, depois, com os laudos biológicos, fazer um confronto com o que a gente está levantando”, avaliou. “É um caso que vai demandar um tempo maior e vai precisar de provas biológicas e tecnológicas para fazermos os confrontos e apontar a autoria”, acrescentou.
Liberação dos corpos
O corpo de Tauane foi liberado do Instituto de Medicina Legal (IML) nesta quarta-feira (22/12). No entanto, a reportagem do Correio apurou que devido à dificuldade de conseguir as digitais de Shirlene, o corpo dela continuava retido na unidade. Em conversa com o marido e pai das vítimas, Antônio Wagner Silva, ele confirmou que o corpo da esposa segue no instituto e deve ser liberado nesta sexta-feira (24/12). “A gente quer sepultá-las juntas”, afirmou. Só após a liberação dos dois corpos que será confirmada a hora e dia do sepultado.
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