"Se todos estão com suas famílias no Natal, quem é família para quem não tem família?". Essa foi a pergunta que levou o pastor e empresário Otávio Damichel a promover, junto à comunidade cristã Coletivação, uma ceia natalina solidária destinada a pessoas em situação de rua e em vulnerabilidade social. Neste ano, o grupo espera distribuir 300 refeições na noite de 24 de dezembro e, para isso, busca apoiadores para alcançar a meta de R$ 8 mil, que auxiliará na promoção do Natal Coletivo. Saiba como doar aqui.
"A noite de Natal é símbolo de família, ceia em casa, reencontro. Eu sempre tive bons natais ao lado da minha família, mas nunca deixei de pensar nas pessoas que eu conhecia em situação de rua", conta Otávio, que é pastor da Coletivação, uma comunidade de fé que tem como foco promover dignidade e serviços à população vulnerável.
"Esse é o chamado de Jesus, amigos, se fazer família para os órfãos e graças a Deus a Coletivação abraçou a ideia e tem tornado isso real", explica. Desde 2018, eles promovem a ceia natalina em Ceilândia, cidade em que a igreja também se reúne dominicalmente para distribuir café da manhã para as pessoas em situação de rua e promover cultos protestantes.
A quarta edição do evento seguirá a mesma proposta dos últimos anos: mais do que distribuir refeições, o projeto também oferece um local decorado, iluminado e com música para o público-alvo, além de palavras de consolo e a própria presença de voluntários para aqueles que, muitas vezes, não participam mais de um convívio social.
Quem já passou pelo local no dia do evento pode ver uma intensa movimentação embaixo de uma grande tenda bem iluminada. Conversas, sorrisos e uma alegria genuína por receber algo inesperado — e pelo qual não poderia pagar — são comuns no ambiente.
Lá, também estão pessoas que não passam por vulnerabilidade financeira, mas não têm família no Distrito Federal para comemorar a data. “Às vezes é um imigrante, ou uma pessoa solitária na cidade que não tem família perto”, compartilha Otávio.
Apenas em 2020 o projeto passou por uma alteração: por estar no auge da pandemia e sem a vacinação contra a covid-19 anunciada, as refeições foram distribuídas em marmitas e não havia mesas no local para evitar aglomerações e colocar em risco os beneficiados e voluntários.
Neste ano, o pastor acredita que o evento receberá, também, pessoas que possuem emprego e casa, mas que, pela crise econômica em que o país se encontra, não terão recursos financeiros para custear uma ceia natalina.
“Nesse momento delicado que tem sido a pandemia para todo mundo, que deixou todos, infelizmente, vulneráveis, o Natal tá sendo um luxo até mesmo para quem tem emprego e casa, porque tudo está muito caro. Por isso, o Natal Coletivo é ainda mais necessário esse ano, mais do que nos três primeiros”, pontua Damichel.
Divulgação intensa e busca por voluntários
Desde a última semana, o Natal Coletivo tem sido anunciado para os moradores de Ceilândia, além de convites serem espalhados em lugares que o público-alvo está presente, como o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e o Restaurante Comunitário de Ceilândia. Para receber os visitantes ilustres para a ceia, um time de 40 voluntários abriu mão da véspera de Natal para servir essas pessoas.
Juntos, eles cozinharão a ceia, montarão as mesas, cadeiras e decoração do local, além de desfrutar a refeição junto com as pessoas em situação de rua, solitárias ou em vulnerabilidade social.
Neste ano, a Coletivação também oferecerá um banheiro para que os convidados tomem banho. “Como será no nosso espaço próprio, que conquistamos recentemente, iremos disponibilizar nossos banheiros para que eles tomem banho e tenham um pouco mais de dignidade no dia do Natal”, conta Otávio.
Faça o Natal Coletivo acontecer: doe!
Para ajudar a Coletivação a promover a ceia natalina para mais de 200 pessoas, doe qualquer valor para o PIX (celular) 6198215-7000, que está no nome de Matheus M. M.
O Natal Coletivo ocorrerá em 24 de dezembro, a partir das 20h, na QNM 20, Conjunto B, Lote 32 — Ceilândia Norte.
Mais informações aqui.
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