A Universidade de Brasília (UnB) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) assinaram um Termo de Execução Descentralizada (TED) no valor de R$ 2,9 milhões para o desenvolvimento do projeto Open RAN Brasil, com objetivo de democratizar o acesso ao 5G. A cerimônia ocorreu na sexta-feira (17/12). O Open RAN reúne tecnologias com grande potencial e permite inovações a velocidades e abrangências inéditas.
O projeto, conduzido pelo Centro de Políticas, Direito, Economia e Tecnologias das Comunicações (Ccom) da UnB, realizará dez estudos em três eixos: tecnológico, econômico e regulatório relacionados ao Open RAN. A pesquisa pretende identificar se existe a necessidade de adequação do modelo regulatório da Anatel e os possíveis impactos na economia. Um dos propósitos é encontrar formas para aumentar a flexibilidade e a eficiência de custos para infraestrutura de telecomunicações.
Para a reitora da UnB, Márcia Abrahão, a cooperação é necessária pois a importância da tecnologia da informação e da comunicação ficou mais evidente. “Agora, na pandemia, vimos como nós temos que avançar e pensar à frente do tempo. Estou muito esperançosa com essa parceria. Trabalhamos com a Anatel em outros projetos e tivemos ótimos resultados”, disse a reitora.
Além disso, o presidente da Anatel, Raphael de Souza, espera que o estudo fortaleça a telecomunicação no Brasil. “Os estudos irão permitir a compreensão de conceitos e fundamentos do Open RAN, e fortalecer o ecossistema de telecomunicação no Brasil. O setor como um todo será beneficiado, prestadores e usuários”, falou.
O que é?
O Open RAN tem o desafio de garantir a comunicação entre sistemas de componentes de rede independente do fabricante, de garantir o alto desempenho, a confiabilidade e a densidade de conexões, típicas das redes 5G. Há, ainda, o desafio de garantir a segurança das redes que serão desenvolvidas. Do ponto de vista econômico, o Open RAN representa o uso eficiente de recursos, devendo acarretar em redução de preços aos usuários finais.
Há, ainda, desafios regulatórios. O Open RAN traz conceitos de redes abertas com ênfase no emprego de software aberto, que geram questões ligadas à propriedade intelectual. Além disso, será necessário garantir que todo o arcabouço legal esteja adequado ao aparecimento dessas tecnologias.
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