O advogado acusado de agredir um homem, de 43 anos, dentro do banheiro de um restaurante da Asa Sul se apresentou na companhia de um advogado na 1ª Delegacia de Polícia nesta segunda-feira (20/12). O policial penal que atirou contra o pé da vítima durante a briga também compareceu à unidade policial e entregou a arma. O caso aconteceu na noite de sexta-feira (17/12).
Em depoimento prestado à delegacia, o advogado Eraldo José Cavalcante contou à polícia que ele e a vítima tinham uma desavença antiga por causa de uma suposta traição em um relacionamento envolvendo uma outra mulher. No interrogatório, Eraldo alegou que a situação havia sido acertada, mas na noite de sexta-feira os dois se estranharam dentro do restaurante, na 211 Sul.
No banheiro, autor e vítima deram início à discussão e Eraldo passou a agredir o homem. O policial penal, amigo do advogado, estava no restaurante e, para defender o colega, sacou a arma e efetuou um disparo de arma de fogo contra o pé do rapaz. Após o crime, ele colheu a cápsula do local e os dois fugiram. “O policial vai responder por lesão corporal de natureza grave, e o advogado pode responder por vias de fato. Tudo está sendo analisado. Eles foram ouvidos e liberados”. detalhou ao Correio o delegado-chefe da 1ª DP, Marcelo Portela.
Envolvimento em racha
O Correio revelou em primeira mão que Eraldo José é o mesmo que participou do racha da L4 Sul, em 2017, e deixou mãe e filho mortos. Em 30 de abril de 2017, o advogado, um colega e uma mulher saíram de uma marina do Lago Paranoá em veículos distintos. Eraldo e Noé Albuquerque, bombeiro militar e enfermeiro, foram acusados de participar de um racha, que resultou no acidente da L4 Sul.
A colisão do Jetta, conduzido por Eraldo, contra o Fiesta da família de Cleusa Maria Cayres, à época com 69 anos, e Ricardo Clemente Cayres, 46, provocou a morte de mãe e filho, além de ferimentos em Oswaldo Clemente Cayres e Helberton Silva Quintão, que também estavam no veículo atingido.
Noé e Eraldo foram denunciados por homicídio, tentativa de homicídio triplamente qualificada e crimes de trânsito pelo Ministério Público do DF. Noé chegou a ser absolvido, em março de 2019, e em junho, em decisão proferida pela 1º Vara do Tribunal do Júri de Brasília, mas voltou a tornar-se réu.
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