Sem pistas sobre o paradeiro de Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e da filha dela, Tauane Rebeca da Silva, 14, os bombeiros e os investigadores encerraram as buscas em campo, ontem. Agora, a Polícia Civil do Distrito Federal apura a possibilidade de as duas, desaparecidas desde 9 de dezembro, terem fugido. Elas foram vistas pela última vez quando seguiam rumo a um córrego perto de onde vivem, no Sol Nascente.
A procura ocorreu ao longo de uma área de 6km, nas proximidades do leito do rio rio e "em diferentes pontos de interesse". A varredura cobriu uma região de, aproximadamente, 332 metros quadrados. "Nossas equipes, apesar de todos os esforços, não encontraram nenhum indício das vítimas, finalizando as buscas e passando a acompanhar as investigações da polícia. Caso tenhamos alguma nova informação e necessidade, retomaremos a operação", informou o Corpo de Bombeiros em nota.
Durante os trabalhos, os militares atuaram com equipes por terra, mergulhadores, cães farejadores e drones. "Fizemos buscas do amanhecer ao entardecer diuturnamente, no intuito de localizar a senhora e a filha dela, as quais, segundo informações do solicitante, foram em direção ao córrego situado nas proximidades da Chácara Gilearde (...) e não regressaram", diz o texto emitido pela corporação.
Ao Correio, o delegado-adjunto Vander Braga, da 23ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), disse que o trabalho de investigação levará tempo e paciência, a partir de agora. "Tanto o Corpo de Bombeiro quanto a Polícia Civil encerraram as buscas em campo. Anulamos a possibilidade de afogamento e descarte de corpo nas imediações", ressaltou o investigador.
Os policiais trabalharão junto às empresas de ônibus que operam na região, pois, no dia do desaparecimento, cerca de 100 ônibus transitaram pela região. Todos contam com circuito interno de câmeras, mas levará tempo até a delegacia receber todas as imagens, segundo Vander. "Cada veículo tem de ser tirado de circulação para que as imagens sejam recolhidas. Vamos fazer um trabalho junto à Rodoviária Interestadual também, mas é difícil. E, como elas (Shirlene e Tauane) estavam sem documentos, se tiveram fugido, pode ter sido por meio de algum transporte clandestino", acrescentou o delegado.
Shirlei Vieira da Silva, 39, tem convicção de que não houve fuga. Ela acredita que a irmã não deixaria o filho mais novo — um menino de 12 anos — para trás nem os próprios pertences ou os de Tauane. "As equipes precisam procurar pela localidade de um mercado da região, alguém pode ter pegado as duas ali. Os policiais falam que elas podem ter fugido, mas não há possibilidade nenhuma", ressaltou.
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