Após o fim do sexto dia de buscas por Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, grávida de quatro meses, e Tauane Rebeca da Silva, 14, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga novas hipóteses que possam explicar o possível desaparecimento de mãe e filha, moradoras do Sol Nascente. Sem descartar a possibilidade de afogamento acidental, o delegado chefe-adjunto da 23ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), Vander Braga, explicou, ontem, os próximos passos da investigação.
"Hoje (ontem) continuamos as nossas buscas pela parte aérea e pelo leito do rio. Nossa Divisão de Operação Aérea trabalhou o período da tarde inteira e não encontrou nenhum corpo. Tivemos também o efetivo dos Bombeiros trabalhando de forma intensa nas buscas. A nossa delegacia ainda trabalha com a possibilidade de afogamento acidental ou possível crime praticado por terceiro e que tenha jogado esses corpos no leito do rio. É uma linha de investigação que não podemos descartar, porque tem menos de uma semana do desaparecimento", revela.
No entanto, a polícia inseriu uma nova linha de investigação ao caso. "Estamos trabalhando com a possível circunstância de ela ter fugido com a filha. A polícia sempre trabalha com todas as hipóteses possíveis, e recebemos a informação de que ela poderia ter fugido. Ela (Shirlene) comentou isso com uma pessoa conhecida, há um tempo, que quando fugisse, levaria a filha consigo. É uma informação que não sabemos se procede. Mas já apuramos que ela possui familiares em Teresina, no Piauí", detalha.
De acordo com o delegado, a polícia investigará as imagens gravadas por câmeras do transporte público. "Oficializamos o pedido com as empresas, porque sabemos que elas possuem um sistema integrado de filmagem, e caso elas (mãe e filha) tenham fugido, essas filmagens vão nos trazer uma resolução. Como isso, depende da extração das imagens pelas empresas de ônibus e depois encaminhamento para a perícia. Acredito que até sexta tenhamos uma resposta para essa possibilidade", avalia.
Aflição
Ao Correio, a irmã de Shirlene, Shirlei Vieira da Silva, 39 anos, cabeleireira e moradora de Samambaia, confessou que a família vive momentos de aflição. "O filho mais novo dela (de 12 anos) fala o tempo todo que a mãe vai voltar, que ela é forte. Estamos vivendo esse momento de angústia, sem respostas. Ela (Shirlene) estava muito tranquila, contando os dias para fazer a ecografia e saber o sexo do bebê. É uma coisa atípica que ninguém consegue explicar", pontua.
Shirlei conta que a irmã já havia caminhado outras vezes para o córrego, mas sempre acompanhada por mais pessoas. "Acho que por isso ela se sentiu segura de descer somente com a filha. Ela deixou o celular carregando e o filho mais novo jogando em casa, e era muito apegada a ele. Ela nunca deixou eles (os filhos) muito tempo sozinhos. Agora, esperando por alguma notícia", conta.
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