A Polícia Civil (PCDF) e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deflagaram na manhã desta terça-feira (14/12) a operação Melinoe, com o intuito de investigar funcionários fantasmas na Câmara Legislativa (CLDF). As denúncias de que funcionários lotados no gabinete do deputado Daniel Donizet (PL) assinavam a folha de ponto e não compareciam ao trabalho são de períodos anteriores à pandemia.
Em 2019, os policiais deram início às investigações, depois de receberem informações de que alguns servidores do gabinete parlamentar não exerciam as funções e repassavam parte de suas remunerações ao parlamentar por meio do chefe de gabinete. No decorrer das diligências, os investigadores colheram provas que comprovaram que os servidores assinavam as folhas de ponto, mas não compareciam à CLDF, mesmo antes do período da pandemia covid-19, em que as atividades presenciais foram suspensas.
São cumpridos oito mandados de busca e apreensão na CLDF e em outros endereços do DF e de Goiás. A ideia é reunir documentos que mostrem a irregularidade. Pagamentos de rachadinhas também estão sendo investigados.
Em nota, o Deputado Daniel Donizet ressaltou estar calmo por não haver fundamentos na denúncia envolvendo o gabinete dele em esquemas de "rachadinha". "Sobre a operação deflagrada hoje pela Polícia Civil, afirmo, com muita tranquilidade, que as denúncias são completamente infundadas. Ainda não tive acesso ao inquérito policial para entender o que motivou as buscas realizadas. Já estou em contato com o meu advogado. Assim que tivermos o conteúdo das investigações em mãos, iremos soltar uma nota de esclarecimento", diz a nota.
Já o MPDFT informou que não irá comentar o caso. "A operação corre em sigilo. Por esse motivo, o MPDFT não vai comentar e não pode prestar mais informações neste momento".
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