Mulheres de Samambaia e Brazlândia venceram preconceitos e mostraram toda sua capacidade empreendedora na terceira turma do Programa Todas Elas, da Fundação Assis Chateaubriand. Em sua terceira edição, o Todas Elas atendeu 250 mulheres empreendedoras, em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.
Em uma jornada empreendedora de 12 semanas, as mulheres participantes puderam ter acesso a conteúdos de empreendedorismo preparados com foco na população de baixa renda, além de acesso a atendimento psicológico e jurídico, mentorias e ainda receberam prêmios por sua dedicação ao programa.
Tudo isso foi possível graças a uma ampla rede de parcerias firmadas nas duas regiões administrativas, em um movimento batizado de #Juntosportodaselas. O parceiro Jota Lucas, do Instituto Jota Lucas, ressalta a importância do movimento. "Participar desse importante Projeto é validar a proposta social de cada um dos parceiros. A Mulher de Baixa Renda é extremamente importante para a sua família, para sua comunidade e para toda a sociedade, pois move com uma ampla cadeia, desde o extrativismo de matéria prima até a da indústria de descarte. Nós, parceiros, apoiamos, respeitamos e nos entregamos a Todas Elas", afirma.
O programa reforça esse papel central da mulher de baixa renda na sociedade, mostrando que, a partir da transformação de sua realidade, toda a comunidade à sua volta é também impactada positivamente. O impacto do curso na vida das mulheres foi perceptível: 70% delas saíram do curso mais empoderadas e se sentindo mais capazes. Além disso, 30% das mulheres tiveram um aumento de renda, o que é bastante significativo, em especial frente à pandemia.
Ao longo da jornada de formação, as mulheres foram constantemente encorajadas e relembradas de sua força e sua importância. Ayde Costa, participante da terceira edição do programa, avalia que "foi uma alegria tremenda ter encontrado o Todas Elas para nos encorajar, fortalecer e animar, além de colocar nossos projetos para acontecer. Muitas vezes, achamos que não damos conta, mas nós damos conta, sim". Muitas mulheres do curso tiveram acesso a atendimentos psicossociais, que ajudaram a elevar sua autoestima, o que levou 75% das mulheres a se perceberem mais fortes a partir da experiência no Todas Elas.
Emoção
No mês de novembro foram realizados os eventos de encerramento das duas turmas, em Brazlândia e Samambaia. Com muita emoção e o devido reconhecimento, as empreendedoras receberam das mãos dos parceiros seus certificados.
O deputado distrital Iolando Almeida (PSC), apoiador desta edição, fala sobre a relevância do investimento na geração de renda para mulheres. "Participar ativamente para a realização do Todas Elas foi uma grande satisfação para mim. Sabemos da importância de projetos como este voltado para as mulheres, principalmente àquelas de baixa renda, que precisam do nosso apoio para enfrentar as adversidades e construir um caminho de sucesso. Eu acredito no Projeto Todas Elas e na capacitação como forma de avanço para a geração de emprego e renda. As mulheres merecem esse tipo de investimento e espaço na nossa sociedade"
Orgulhosas de suas conquistas, essas mulheres já planejam seus próximos passos. Focadas em fazer seus negócios decolarem e colherem os frutos do empreendedorismo, as participantes falam de seus empreendimentos com muita propriedade e segurança, e focam em prestar seus serviços com a melhor qualidade possível. 87% delas desejam aperfeiçoar suas entregas e suas propostas de valor, o que beneficia não só seus negócios, mas também seus clientes, que passam a ser vistos como foco.
Caroline Galvão, empreendedora do Todas Elas, ressalta a importância desse aprendizado para seus negócios, a partir do contato direto e da pesquisa com clientes. "Percebi que, quando converso com meus clientes, consigo ter maior sensibilidade para achar suas dores", conta.
Para contribuir ainda mais com o crescimento de seus negócios, 20 mulheres da terceira edição tiveram acesso ao microcrédito. Por meio de uma parceria com a Moeda Seeds, as empreendedoras puderam investir em seus negócios e seguir em busca da autonomia financeira, sentindo-se mais preparadas e, de fato, empreendedoras.
Mariana Borges, superintendente da Fundação Assis Chateaubriand, reafirma a importância dessa qualificação para as mulheres e para o Distrito Federal. "Ganhamos todos. As mulheres ganham autonomia, independência financeira e cidadania. Nós, como sociedade, ganhamos um contexto de maior equidade, além de empreendedoras mais qualificadas e preparadas para efetivamente atenderem as dores de seus clientes", explica.
Em breve, o programa Todas Elas lançará novas turmas. Para ser parceiro e apoiar Todas Elas, ou mesmo para indicar mulheres para participarem e transformarem seus talentos em negócios, acesse facbrasil.org.br/todas-elas.
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