Os temporais da tarde e noite de ontem (11/12) castigaram o Distrito Federal. No Itapoã, uma cratera se abriu na via e gerou confusão no trânsito. Em Vicente Pires, região que costuma ser bastante atingida pelas chuvas, a água invadiu um prédio. Ceilândia e Sol Nascente também registraram pontos de alagamento. Na avenida Hélio Prates, uma moto foi arrastada pela correnteza.
Rafaela Velozo, a motociclista, conta que estava parada no semáforo quando foi levada pela enxurrada, perdendo a moto. Um homem também foi arrastado pela água enquanto tentava ajudar. Dois outros motociclistas conseguiram resgatar o veículo. Rafaela não se feriu.
A base do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no Gama chegou a registrar 19,6 mm de chuva entre a manhã e o fim da tarde de sábado (11/12) na região. E a previsão é de mais temporal. O Inmet emitiu um alerta de perigo potencial de chuvas intensas até hoje (12/12). "O domingo deve continuar instável, ainda com chuvas intensas, muita nebulosidade e ventos moderados, de 37 km/h", indica o meteorologista Mamedes Luiz Melo. As temperaturas ficam entre 20ºC e 27ºC.
Cratera no Itapoã
A cratera que se abriu no Itapoã, na Avenida do Murão, no bairro Fazendinha, à tarde, fez alguns motoristas amarrarem carros, motos e ônibus para impedir que os veículos fossem levados pela água.
Um carro entrou parcialmente na cratera e quase sofreu um acidente grave. Segundo o Corpo de Bombeiros (CBM-DF), uma equipe da corporação esteve no local e isolou o espaço. A Defesa Civil foi acionada e ninguém ficou ferido.
Vicente Pires
Moradores de um prédio em Vicente Pires, localizado na chácara 108, na esquina da Feira do Produtor, vêm sofrendo com a estrutura precária do local. E, com as chuvas dos últimos dias, os apartamentos estão alagados. A Associação dos Moradores de Vicente Pires (Amovipe) avalia que o edifício está cedendo visivelmente, entortando e corre risco de cair.
Segundo os residentes, a estrutura cedeu a ponto de prender um portão, que precisou ser diminuído. Quando chove, a água desce pelo fosso do elevador. E, nos últimos dias, apareceu uma grande brecha no telhado.
Gracileide Araújo dos Santos, moradora do edifício, não conseguiu ficar em casa ontem, com medo dos estragos causados pela chuva. Ela reclama de azulejos estourados na cozinha, por precariedade da estrutura. Segundo Gracileide, os residentes já gastaram R$ 12 mil para trocar o piso da cobertura e impedir novos vazamentos, mas sem sucesso.
Gilberto Camargos, presidente da Associação, relata que há duas semanas a Amovipe e os moradores avisaram a Defesa Civil sobre a situação do prédio, mas a corporação não foi ao local.
A Defesa Civil não confirmou se a situação do Edifício Filomena está em monitoramento ou agendada para inspeção. Mas ressaltou que, para casos emergenciais — quando é possível ver rachaduras e outros indícios de perigo —, pode-se acionar ajuda pelos números 199 ou o 193, para análise dos bombeiros.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.