O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) se posicionou contra a realização de festas públicas de final de ano e carnaval no Distrito Federal. Uma das fortes justificativas apontadas pelo MP foi o surgimento da variante ômicron e os mais de 200 mil brasilienses que não se vacinaram com nenhuma dose da vacina contra a covid-19. O governador Ibaneis Rocha (MDB), no fim de novembro, já havia cancelado a festa de réveillon no DF por medo da nova variante.
O coordenador da força-tarefa de enfrentamento à covid-19 do Ministério Público, Eduardo Sabo, destacou a necessidade para que o Governo do Distrito Federal (GDF) se esforce na campanha de conscientização da população, enfatizando a necessidade de campanhas incentivando a população se imunizar contra a covid-19. Segundo o coordenador, em uma reunião com a Secretaria de Saúde na terça-feira (07/12) foi cobrado empenho da pasta.
De acordo com a força-tarefa, no encontro, o MP tomou conhecimento das razões técnicas que motivaram a desmobilização dos hospitais de campanha, e enfatizou a “necessidade de um plano de contingência para eventual remobilização, caso as taxas de infecção pelo vírus volte a crescer”. O DF, nesta quinta-feira (09/12), registrou a quarta alta seguida na taxa de transmissão.
No encontro, a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (Prodep) afirmou que está acompanhando a execução dos contratos dos hospitais de campanha do Gama, Mané Garrincha e Ceilândia — este último o único dos três em operação no momento.
Festa cancelada
A decisão de cancelar o Réveillon na capital federal aconteceu em 30 de novembro. À época, de acordo com o governador Ibaneis Rocha (MDB), a definição foi feita na manhã daquela terça-feira em decorrência do risco da nova variante do coronavírus. “Queremos evitar a possível circulação da nova variante”, disse.
Uma semana antes, contudo, o mandatário anunciou que a Secretaria de Cultura preparava uma festa de réveillon com, pelo menos, cinco palcos e shows no DF. Em relação ao carnaval, Ibaneis Rocha, em contato ao Correio, afirmou que, por enquanto, estar tranquilo com o impacto que a nova variante pode ocasionar para a realização ou não da folia em 2022.
*Estagiário sob a supervisão de Adson Boaventura
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