A Política Distrital de Alimentação e Nutrição (PDAN), aprovada pela Portaria nº 1.192, de 24 de novembro de 2021, foi lançada pela Secretaria de Saúde (SES-DF), nesta segunda-feira (6/12). O objetivo é que o documento seja um instrumento de uso para o enfrentamento dos desafios da saúde pública relacionados a hábitos alimentares. A PDAN traduz e personaliza diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), de acordo com as especificidades e o perfil epidemiológico do Distrito Federal.
Após a publicação, a PDAN entra em fase de implementação e monitoramento. A proposta, segundo a gerente de Serviços de Nutrição, Carolina Gama, é que as ações de alimentação e nutrição sejam direcionadas para a solução dos principais problemas de má nutrição identificados, sejam eles relacionados tanto à desnutrição, quanto ao sobrepeso e à obesidade. Além disso, a proposta também busca traçar metas de superação da fome e da insegurança alimentar e nutricional da população do DF.
A PDAN contou com a participação de diversos setores da SES-DF, sociedade civil e instituições parceiras. Seu processo teve início em fevereiro de 2020, com um grupo de trabalho que levantou as principais demandas relacionadas à alimentação e à nutrição. Com o levantamento em mãos, o GT elaborou o texto preliminar da PDAN. Esse material recebeu contribuições de instituições parceiras e foi submetido à consulta pública.
DF e hábitos alimentares
O Distrito Federal enfrenta problemas de saúde pública relacionados a hábitos alimentares, como a dupla carga de doenças, o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados, baixo consumo de alimentos in natura, como frutas e hortaliças, o aumento na prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) por conta da alimentação inadequada e não saudável, entre outros.
Com a identificação do cenário nutricional e alimentar da população do DF, a política visa promover uma solução para a melhora da saúde da população local. De acordo com a SES-DF, a implementação da política se dá através dos níveis de atenção à saúde e a especificação de atuação de cada um deles.
Na atenção primária, é destacada a promoção da alimentação adequada e saudável, com a identificação de demandas alimentares e nutricionais. No nível secundário e hospitalar, estão presentes ações de prescrição e de orientações dietéticas aos pacientes e familiares, e a oferta de alimentação para pacientes internados.
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