Foi publicada, nesta terça-feira (7/12), a resolução da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) que define os níveis altimétricos da água que devem ser mantidos no Lago Paranoá em 2022. A medida é estabelecida anualmente, desde 2010, pela agência e pretende garantir a sustentabilidade dos recursos hídricos para os usos múltiplos do manancial.
O monitoramento dos níveis e vazões remanescentes do Lago Paranoá é de competência da agência e das companhias de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e Energética de Brasília (CEB Geração S/A). O acompanhamento é feito com base nas informações da estação telemétrica da Adasa, e na leitura dos níveis registrados na barragem.
A cota mínima a ser praticada, durante o próximo ano, corresponde a 999,8 metros. O nível pode ser rebaixado até 999,5 metros na abertura das comportas da Barragem do Paranoá para a renovação da camada superficial do espelho d’água. Nesse caso, a decisão é tomada em conjunto pelo Grupo de Acompanhamento, coordenado pela Adasa.
O ato normativo autoriza oscilações de, no máximo, três centímetros abaixo dos níveis previstos para cada dia do ano, desde que a recuperação ocorra em, no máximo, quatro dias após. A cota máxima estabelecida é de 1000.3 metros, prevista para o mês de julho. Caso o volume da água represada suba a patamares acima do estipulado, a CEB Geração pode controlar o nível do lago, seja por meio da abertura das comportas da barragem ou acionando as turbinas de geração de energia.
Ao final do período chuvoso do segundo semestre do ano, as entidades que compõe o Grupo de Acompanhamento analisam o comportamento do lago para definir níveis altimétricos do ano subsequente. Além da Adasa, Caesb e CEB Geração S/A, o grupo é composto pelo Comitê de Bacia Hidrográfica dos Afluentes do Rio Paranaíba no DF (CBH Paranaíba-DF); Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (DIVAL); Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do DF (IBRAM); Marinha do Brasil; Secretaria Adjunta de Turismo do DF (SETUR), Secretaria de Meio Ambiente (SEMA); Federação Náutica de Brasília (FNB); Universidade de Brasília (UnB) e XII Defesa Civil.
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