A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta segunda-feira (6/12), a Operação Subterfúgio, a fim de impedir ações de um grupo suspeito de fraude nas contas de água e energia do Distrito Federal. Segundo a PCDF, a suposta associação criminosa estaria falsificando documentos e simulando transações imobiliárias para abonar dívidas junto à Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (CAESB) e à Neoenergia, o que resultou em prejuízo às concessionárias.
A Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco/Decor) informou que o esquema funcionava em três fases. A primeira, com a captação de clientes, em que o grupo criminoso selecionava pessoas que tivessem alguma posse, ainda que precária, ou com grandes dívidas junto às concessionárias fornecedoras de água e energia no DF.
Após atrair interessados, o grupo simulava a transferência do imóvel para um terceiro, que assumiria a dívida. O “laranja” assumiria a dívida, sem intenção de realizar o pagamento, com o objetivo único de simular a transferência da titularidade do imóvel, passando a dívida em seu nome e a desvinculando do real proprietário. A simulação era feita através de documentos falsos.
Na terceira fase, o grupo solicitava a reinstalação do fornecimento de água ou energia em nome de um parente ou pessoa vinculada ao real proprietário do imóvel. De acordo com a PCDF a fraude é praticada há cerca de dois anos e ocorre através da utilização de cessões de direito, procurações e contratos falsos.
Os envolvidos responderão pelos crimes de associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica e falsificação de documentos. Se condenados, poderão pegar até 20 anos de prisão.
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