As seis pessoas que estavam em observação pela Secretaria de Saúde por suspeita de infecção pela variante ômicron da covid-19 testaram negativo para a cepa. A informação foi confirmada ao Correio pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), na manhã desta sexta-feira (3/12). Sendo assim, por enquanto, a capital segue com dois casos confirmados da cepa.
Os confirmados são dois homens entre 40 e 49 anos que estão bem e isolados. Um deles tem sintomas leves de covid-19 e o outro está assintomático. Os dois tomaram as duas doses da vacina CoronaVac e receberam o reforço da Pfizer/BioNTech.
Os homens desembarcaram em Brasília na segunda-feira. Eles estavam no mesmo voo que um morador de São Paulo, também infectado com a nova cepa, cujo resultado positivo do exame saiu na quarta-feira. O sequenciamento dos habitantes do DF foi feito pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF) e divulgado quinta-feira (2/12). Eles estavam sentados próximos um ao outro durante o voo, mas os exames de sequenciamento indicaram que as fontes de infecção são diferentes. A aeronave saiu da África do Sul e passou pela Etiópia antes de desembarcar em Guarulhos (SP). Em seguida, em voo doméstico, a dupla veio para o DF.
O que se sabe sobre a ômicron
Quais as principais diferenças dessa nova cepa?
Tem muita coisa que a gente ainda não sabe. A principal diferença dessa variante é a alta taxa de mutação. Ela tem muitas mutações, e a maior parte delas fica na proteína spike — que é a região do vírus que se liga às células humanas e que é usada pela maioria das vacinas para gerar a imunidade. Eventualmente, isso pode gerar maior transmissão ou redução da efetividade das vacinas. Apesar disso tudo, ainda é muito cedo para a gente mensurar o real perigo dela. Ainda não temos como saber. Até então, não temos nenhuma morte atribuída a essa variante.
O que a Secretaria de Saúde pode fazer para se antecipar a uma nova onda de covid-19?
O Brasil, de forma geral, precisa pedir a exigência da vacinação. Depois, é preciso investir em testagem. Ela precisa ser ampla e irrestrita, de fácil acesso para toda a população. E as pessoas precisam entender que mesmo os vacinados precisam fazer a testagem. Mas, além disso, o Brasil precisa investir em sequenciamento genético.
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