O surgimento de uma nova variante da covid-19 despertou um alerta mundial sobre o controle da pandemia. No Distrito Federal, foram identificados dois casos confirmados da ômicron. Na avaliação de Bergmann Ribeiro, virologista e professor da Universidade de Brasília (UnB), a vacinação e o aumento no número de testagem, a fim de conter a disseminação do vírus de pessoas infectadas com a cepa — observada pela primeira vez na África do Sul —, são as melhores estratégias neste momento.
Ao programa CB.Saúde — parceria do Correio com a TV Brasília —, Bergmann destaca, nesta quinta-feira (2/12), em entrevista à jornalista Carmen Souza que, devido ao alto poder de transmissibilidade e mutação do novo coronavírus, o país e o mundo devem registrar um aumento nas notificações de casos da nova cepa. "Se apareceu uma pessoa com essa variante, provavelmente pode existir mais pessoas com a ômicron", alerta o professor.
De acordo com o pesquisador, em pouco tempo, a ômicron deve predominar e ultrapassar o quantitativo de pessoas infectadas pela variante delta — tipo que predominante na capital e identificada pela primeira vez na Índia. Bergmann explica que não se sabe muito sobre o impacto da cepa no organismo. "Não foi mostrado até agora que a ômicron pode ser mais grave ou não, mas, provavelmente, não deve ser em quem já foi vacinado. Por isso, é importante as pessoas se vacinarem", ressalta.
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Sobre o passaporte da vacina e a obrigatoriedade do imunizante, o Bergmann tem um posicionamento bem claro: "Muitos dizem que é uma escolha pessoal tomar vacina, mas, se a minha escolha de não tomar a vacina me permite ficar infectado e infectado outras pessoas, essa minha escolha afetou a saúde de outra pessoa. Temos que pensar no coletivo, nós não vivemos isolados da sociedade".
As medidas de prevenção são igualmente importantes, como o uso da máscara e o distanciamento social. "É preciso ter cuidado, não dá para relaxar", reforça Bergmann. Outro ponto que o professor defende é a testagem com o sequenciamento genômico também em pessoas assintomáticas.
Veja a entrevista completa abaixo:
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