A maior prevalência de infecção de HIV e Aids no Distrito Federal é entre jovens de 19 a 29 anos. Nos últimos anos, a número de novos casos de soropositivos e pessoas que desenvolveram a doença tem apresentado queda no DF, segundo dados apresentados pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Em 2020, foram 690 ocorrências registrados na capital do país. No entanto, houve 96 óbitos. Em 2021, até novembro, a pasta listou 581 infecções pelo vírus e 76 mortes de pacientes com Aids. De 2016 a 2020, foram diagnosticados, em média, 701 ocorrências por ano e 306 novos casos de Aids. Já os óbitos,, a média nesses cinco anos foi de 105.
Em contrapartida, o número de casos de infecção pelo HIV aumentou entre jovens de 20 a 29. No estudo, foi observado um crescimento de 25,5%, em 2019, para 28,2%, em 2020. Entre os diagnósticos de Aids notificados no mesmo período, pessoas de 20 a 29 anos (26,2%) são maioria, seguidas pela população de de 30 a 39 anos (24,7%) e de 40 a 49 anos (26,1%).
A pesquisa “Panorama das notificações de infecções sexualmente transmissíveis entre jovens do DF”, feita pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), a pedido da Secretaria de Juventude do Distrito Federal (Sejuv), reúne dados sobre infecções sexualmente transmissíveis (IST) entre jovens de 12 a 29 anos e revela a evolução de casos no Distrito Federal, colocando em alerta as autoridades de saúde.
A pesquisa fez uma análise do perfil sociodemográfico e epidemiológico das notificações de HIV, Aids, hepatites virais, sífilis adquirida, sífilis congênita e sífilis da gestação, entre 2007 e 2017. O estudo, dividido entre as faixas etárias de 12 a 18 anos, 19 a 24 anos e 25 a 29 anos, apontou que a maioria dos casos de HIV são entre os jovens de 19 a 24 anos, registrando 1.819 casos entre 2007 e 2017. Já no caso da Aids, a maior prevalência é entre jovens de 25 e 29 anos, com 2.155 casos da doença dentro do mesmo período.
Em relação a hepatites virais 39,4% dos casos são entre pessoas de 25 a 29 anos. Já a sífilis adquirida teve prevalência entre aqueles que tem de 19 a 24 anos (45,3%). Em gestantes, o número foi de 47,4% entre mulheres de 19 a 24 anos. A maior prevalência é de sífilis congênita entre bebês de mães de 19 a 24 anos (47,7%).
As regiões administrativas que apresentaram maior proporção de notificações de ISTs no período analisado foram a Cidade Estrutural e Sobradinho. A quantidade de notificações representa mais de 2% da população entre 12 e 29 anos em ambos os locais com alguma infecção sexualmente transmissível. As menores proporções de notificações ocorreram em Sobradinho II e Jardim Botânico (menor que 0,1% da população estudada).
De acordo com os dados apresentados, a maior parte das notificações refere-se a pessoas menos escolarizadas, indicando que a educação e a escola possuem papel significativo na disseminação da informação sobre infecções sexualmente transmissíveis e sobre a prevenção.
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Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também foram apresentados pela Codeplan. Segundo as informações, aproximadamente um em cada três jovens escolares do 9º ano do DF iniciou a vida sexual, o que reforça a indicação por ações de educação sexual pelo poder público, pela sociedade e pela famílias.
Segundo a Secretaria de Saúde, os dados auxiliarão a pasta a desenvolver políticas para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e redução do aumento de casos entre jovens do Distrito Federal.
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