Dois casos de feminicídio serão julgados em dezembro pela Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Brasília. O primeiro julgamento será realizado no dia 1° e tem como foco o caso de Luciana de Melo Ferreira (49). A servidora do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi morta noite de 21 de dezembro de 2019, em sua casa no Sudoeste, com 48 facadas, pelo ex-companheiro, que fugiu do local do crime após o ocorrido.
O segundo caso será julgado em 2 de dezembro e trata do assassinato Francisca Naidde de Oliveira Queiroz, morta no dia 12 de junho, em sua casa no Cruzeiro Novo. Seu ex-companheiro Junenil Bonfim de Queiroz suspeitava de relacionamento extraconjugal por parte da vítima com o vizinho Francisco de Assis Pereira da Silva. Então a assassinou os dois tiros.
Feminicídio na capital
Em agosto de ano, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) divulgou pesquisa na qual aponta três fatores de risco para feminicídios no Distrito Federal. Para isso, o estudo tomou como base o período de 2006 a 2011 e 26.583 inquéritos sobre violência doméstica e familiar contra a mulher.
O primeiro fator de interesse foi o contexto de violência doméstica, no qual 35% das mortes violentas ocorreram, percentual semelhante ao obtido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que apurou 38%. Maridos, namorados e companheiros também foram responsáveis por 77% dos casos.