Na análise do coronel Márcio Cavalcante Vasconcelos, comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), a corporação da capital do país é de Estado, não bolsonarista. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (29/11) à jornalista Ana Maria Campos, durante o CB.Poder, programa do Correio em parceria com a TV Brasília. A fala surgiu como forma de responder às argumentações de que a força de segurança, como instituição, agiria motivada por convicções políticas.
Refletindo acerca da atuação da PMDF durante as manifestações de 7 de Setembro, o coronel afirmou que a situação foi a mais “emblemática e simbólica” desde que assumiu o comando da corporação, em 5 de abril. Márcio Vasconcelos destacou a relação de conhecimento que mantém com os movimentos sociais e os diálogos que vinham sendo mantidos entre as lideranças das manifestações e as forças de segurança do DF.
“Vínhamos construindo uma tratativa de como seria a dinâmica no dia. Acabamos tendo, na véspera, uma tentativa de descumprir o acordo feito com as lideranças, que culminou na invasão parcial (da Esplanada dos Ministérios). Se não tivéssemos feito as barreiras de contenção até a altura do Itamaraty, a consequência poderia ter sido diferente”, avaliou o comandante.
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Em relação ao suposto apoio da PMDF ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que já revelou apreço pela corporação em declarações, o coronel justificou que a polícia do DF é “formada por pessoas, que têm as suas convicções políticas independente da farda que vestem. Como instituição, não podemos afirmar (que é bolsonarista), de jeito nenhum”, defendeu.
Para o coronel, a PMDF é uma "polícia de Estado, com valores que devem ser representados como instituição pública.” O comandante acredita que a corporação tem se pautado “pela legalidade e respeito ao cidadão.” “Atuamos como a polícia sempre atuou, independente do momento político, de partidos ou movimentos no poder, sejam de esquerda ou direita. Vamos sempre respeitar o direito de se manifestar, que é constitucional, e atuar dentro dos limites da legalidade”, defendeu.
Confira a entrevista na íntegra.