SELO CORONOVAVIRUS

Bares cheios e postos vazios

Final da Libertadores das Américas fez os brasilienses saírem de casa para torcer. Já mutirão de vacinação contra a covid-19 teve baixo movimento

A Copa Libertadores de 2021 agitou a tarde de ontem dos brasilienses, que lotaram os bares da cidade para assistirem a final entre Flamengo e Palmeiras. No mesmo dia, ocorreu o segundo mutirão de vacinação contra a covid-19, em que a Secretaria de Saúde registrou movimento muito aquém do esperado.

No Setor de Indústrias Gráficas (SIG), mais de 200 torcedores encheram as mesas do bar. Entre tantas pessoas vestidas de vermelho e preto, pequenos grupos de palmeirenses não se constrangeram e vibraram a todo vapor. De brincos, maquiagem e blusa verde, a comerciante Débora Salazar, 39 anos, se destacava na multidão. Com ânimo aflorado, ela gritava, demonstrando o amor pelo time. A empresária viu o jogo com as amigas, mas de todo o grupo, apenas ela torcia para o Palmeiras. "Aqui é Palmeiras, meu povo. Estou feliz demais. É uma emoção inexplicável", celebrou com a vitória.

O jogo acirrado provocou emoções e levou os flamenguistas à loucura. O advogado Esdras Ferreira, 49, morador do Cruzeiro estava sozinho curtindo a partida em um bar. "O importante é torcer. Estou alegre demais com essa alegria do povo, com a multidão, depois de tanto tempo sem se reunir com o pessoal por causa da covid-19."

O uso de máscaras em locais abertos e bares e restaurantes foi liberado. Em um estabelecimento do SIG, a maioria dos clientes usava o item de proteção facial ao se deslocar para ir ao banheiro, dançar ou pegar bebida.

Dia D

O mutirão de vacinação, ontem, aplicou a primeira dose (D1) em 633 pessoas. Outras 3.286 completaram o ciclo de imunização (D2), e 1.699 tomaram o reforço — somando 213.193 terceiras doses. Ao todo, o DF tem 2.282.450 moradores com a D1; 1.961.268 receberam a segunda dose ou a aplicação única, da Janssen. Os números correspondem a 74,77% da população a partir de 12 anos com a primeira dose e 64,25%, com o ciclo concluído. Na primeira edição do mutirão, a Secretaria de Saúde atendeu 11.881 brasilienses.