O governo do Distrito Federal ampliou para 18 anos ou mais o público-alvo para receber a dose de reforço (D3) da vacina contra a covid-19. O anúncio foi feito pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), ontem, pelo Twitter. De acordo com o chefe do Executivo local, a medida, que passa a valer segunda-feira, foi possível com a chegada de 86.580 unidades da Pfizer destinadas para a terceira aplicação, na última quinta-feira.
Apesar do comunicado, a população mais jovem da capital terá que esperar um pouco mais. O intervalo entre a segunda e a terceira dose, adotado no DF, é de, no mínimo, cinco meses. A população abaixo dos 29 anos iniciou a imunização contra o novo coronavírus em agosto — completando o ciclo vacinal entre outubro e novembro. Ou seja, entre março e abril de 2022 é que poderão receber o reforço.
"O Ministério da Saúde vai nos encaminhar as doses de forma gradativa para atendermos ao público que for completando esse período de cinco meses após a segunda dose", escreveu Ibaneis Rocha no Twitter. No mesmo dia, autoridades sanitárias demonstraram preocupação com nova variante do novo coronavírus, identificada como B.1.1.529, observada pela primeira vez na África.
A capital vacinou 2.280.467 pessoas com, ao menos, a primeira dose. O quantitativo representa 88,44% da população acima dos 12 anos. Com o ciclo vacinal completo, o DF conta com 1.946.792 imunizados (75,5%). Em relação a dose de reforço, foram aplicadas 206.274.
Para o epidemiologista Wildo Navegantes, o aparecimento da nova cepa do vírus era esperada. "A variante ômicron, classificada pela OMS como variante de preocupação, de fato emerge com um quadro inicial pouco descrito. A gente tem pouca informação sobre ela. Neste momento, o grande desafio é manter o maior número de pessoas vacinadas", destaca o especialista. "O principal mecanismo de controle é a cobertura vacinal alta. Independentemente da população e da faixa etária", finaliza.
Para ampliar o quantitativo de pessoas imunizadas, a Secretaria de Saúde promove, hoje, mais um Dia D de vacinação. O objetivo é alcançar o público que ainda não iniciou o ciclo, além de contemplar aqueles que estão no período para receber a segunda ou a terceira dose.
Transmissão
Apesar do avanço da vacinação, a taxa de transmissão da covid-19 segue subindo. O índice chegou a 0,82, o quarto aumento consecutivo registrado pela Secretaria de Saúde — há uma semana, o número era 0,72. O valor mostra que cada 100 pacientes com a doença podem contaminar, em média, 82 pessoas.
No último boletim epidemiológico, a secretaria registrou 75 casos da doença em 24h. Ao todo, a capital soma 517.608 infecções e 11.026 mortes por complicações da covid-19. Ontem, a pasta notificou seis óbitos.