Sistemas do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) foram invadidos. Segundo a pasta, um acesso fora do padrão na rede foi identificado, ocasionado por um ataque hacker, que comprometeu servidores dos hospitais públicos de Brasília. A Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) atua no caso.
Segundo a corporação, tudo indica que a invasão foi um ataque de ransomware, quando um criminoso utiliza um vírus capaz de criptografar informações de um computador. De acordo com o delegado-chefe da DRCC, Giancarlos Zuliani, a delegacia tomou conhecimento do crime na tarde desta terça-feira (23/11) e, desde então, tem tomado as providências para conseguir retomar o funcionamento dos sistemas.
Equipes de agentes foram até o instituto durante a tarde desta terça para realizar a perícia. Segundo Giancarlos, ainda não foi feito o levantamento do prejuízo após a invasão. "Estamos aguardando as equipes retornarem da perícia, o que deve acontecer por volta das 19h", pontua.
Em nota, o Iges-DF informou que, para garantir a segurança das informações, a equipe de tecnologia da informação executou de forma imediata um trabalho de verificação da integridade dos serviços de tecnologia. Segundo a pasta, durante todo o período de análise, o sistema de gestão hospitalar seguiu funcionando normalmente.
"Ressaltamos, ainda, que o Iges-DF conta com backup em banco de dados seguros e as autoridades competentes já foram comunicadas para apurar o fato", informou.
Outras invasões
O Sistema do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) também sofreu com uma invasão, em setembro do ano passado. Um homem, identificado como o hacker responsável pelo crime, foi preso à época, acusado de promover o cancelamento irregular de multas de trânsito. Além de prender temporariamente o envolvido, os investigadores apreenderam equipamentos de informática de alto valor, que serão periciados.
O homem levava uma vida de luxo em Goiás. Nas redes sociais, Francisco mantinha o perfil no Instagram. Além de mostrar viagens, ele divulgava o serviço de hacker, inclusive site destinado a promoção de cursos de invasão de sistemas. A operação, nomeada Backdoor foi resultado do trabalho conjunto da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) e da Divisão Especial de Repressão à Corrupção (Decor/Cecor), com apoio da Delegacia de Polícia de Alto Paraíso (PC/GO).
GDF
Uma tentativa de ataque de hackers aos sistemas do Governo do Distrito Federal deixou, há cerca de um ano, todos os sites fora do ar. À época, a Subsecretaria de Tecnologia (Sutic) trabalhou juntamente com a Polícia Civil do DF (PCDF) para verificar a questão, e a Secretaria de Economia do DF (SEEC) adotou protocolos de segurança para impedir a continuidade de ataques e restabelecer o ambiente.
STJ
Em novembro do ano passado, Superior Tribunal de Justiça (STJ) acionou a Polícia Federal (PF) para investigar um suposto ataque cibernético ao servidor do tribunal. Em razão da possível invasão, os julgamentos ficaram afetados e todas as sessões foram suspensas durante o período em que o sistema ficou fora do ar.
À época, o STJ disse ter verificado a circulação de um vírus na rede de informática do tribunal e, como medida de precaução, desconectou os links para a internet. Equipes de tecnologia da Polícia Federal, do Centro de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro e da própria corte atuaram para restaurar o sistema.
O Ministério da Saúde também identificou a presença de um vírus em algumas estações de trabalho. Como medida de segurança, o Departamento de Informática do SUS (DataSUS) bloqueou o acesso à internet, às redes e aos sistemas de telefone a fim de evitar a propagação entre os computadores do órgão federal.