O sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) investigado por comandar um esquema de agiotagem, extorsão e lavagem de dinheiro, ameaça devedores por meio de mensagens e áudios. Entre as ameaças estavam frases como "vou arrancar seu olho na mordida" e "vou atrás de você". As investigações do caso, conduzidas pela conduzida pela Divisão de Roubos e Furtos da Polícia Civil do DF (DRF/Corpatri), seguem em andamento. Ronie e o irmão, o empresário Tiago Fernandes da Silva, estão presos. Outras quatro pessoas aguardam o fim do inquérito em liberdade.
"Vou atrás de você na sua casa. Eu, se fosse você e tivesse amizade com alguém, ligava e pedia 'pelo amor de Deus, vai lá e acerta com o Ronie'", disse o PM em outro áudio. Em outro momento, Ronie disse ao devedor que não iria apenas espancá-lo, mas iria também "arrancar os pedaços". "Rouba alguém, mas me paga", continua o suspeito.
O Correio procurou a Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal para checar se o sargento sofreu alguma punição ou afastamento da corporação, mas, até o fechamento desta edição, não tivemos resposta. Na última sexta-feira, a Justiça do DF decretou a prisão preventiva do sargento da Polícia Militar do DF Ronie Peter Fernandes da Silva e do irmão dele, o empresário Tiago Fernandes da Silva.
O pai de Ronie e Tiago, Djair Baia da Silva, e os outros três integrantes da quadrilha, incluindo a nutricionista Raiane Campêlo, que supostamente atuava como "operadora financeira", vão responder em liberdade. Ronie e o irmão serão transferidos ao Complexo Penitenciário da Papuda.
Por ser militar, Ronie vai ficar no 19º Batalhão da Polícia Militar, mais conhecido como Papudinha. Tiago, no entanto, estará lotado no Centro de Detenção Provisória 2 (CDP 2) e aguardará o período de 7 a 14 dias para ser transferido a outro presídio. O período é uma norma da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF) para presos recém-chegados que devem cumprir o período de quarentena em decorrência da covid-19.
Colaborou Pedro Marra