INVESTIGAÇÃO

Modelo do DF tem fotos íntimas vazadas e utilizadas para aplicar golpe

Com as imagens, foram criadas vaquinhas on-line que arrecadaram até R$ 5mil. O caso está sendo investigado pela 13ª DP (Sobradinho)

Após ter “nudes” vazados, a modelo de conteúdo adulto Jéssica Constantino procurou a Polícia Civil do Distrito Federal para prestar queixa. Segundo a jovem, as imagens foram vendidas na internet e utilizadas para aplicar inúmeros golpes, além de criarem perfis falsos nas redes sociais.

Jéssica, de 30 anos, contou ao Correio que uma pessoa foi identificada e está sendo investigada pela polícia como uma das responsáveis pelo vazamento das fotos. "A polícia me passou o nome de uma pessoa que mora em Curitiba. Estão investigando e eu espero que prendam o culpado", relatou. O crime está sendo apurado pela 13ª DP (Sobradinho), mas deve ser encaminhado para a Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC). "É uma ocorrência que envolve investigação tecnológica, então, é provável que façamos o encaminhamento para que a DRCC dê continuidade à investigação", informou o delegado Hudson Maldonado.

A modelo trabalha em uma plataforma que disponibiliza fotos e vídeos destinados ao público adulto, mas o acesso ao conteúdo só é liberado após pagamento. Jéssica acredita que uma das pessoas que compraram pelo site está aproveitando para ganhar dinheiro com as fotografias. "Estão lucrando em cima do meu trabalho. Fiquei sabendo que tinham criado 'fakes' meus por meio dos meus assinantes que me conhecem e me alertaram sobre", disse Jéssica.

Campanhas

Tudo começou há cerca de três anos. Segundo Jéssica, após perder uma conta com mais de 1 milhão de seguidores em uma rede social, os golpistas encontraram uma brecha para ludibriar o público. "Tem mais ou menos três anos que fiquei sabendo que esses golpes começaram. No início, eu não me importava muito, mas depois que meu perfil foi hackeado as coisas ficaram mais sérias", afirmou.

De acordo com as informações que a modelo reuniu, foram criadas inúmeras campanhas para arrecadação de dinheiro. "Foram várias vaquinhas no site Abacaxi. Todas elas deram um total de R$ 5 mil", revelou. Também foram criados pacotes com fotos e vídeos, em um deles, por exemplo, era cobrado R$ 150 por 10 fotos e cinco vídeos.

Promoções de Natal também foram criadas a fim de lucrar com a imagem de Jéssica. "Acredito que o golpista se passava por mim, interagindo com quem comprava os pacotes", pontuou a modelo.

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