Na véspera da eleição da OAB-DF, surge uma controvérsia para tumultuar o pleito. O debate deve render muita faísca para depois da votação. Uma liminar do conselheiro federal da Ordem Duílio Piato Júnior, do Mato Grosso, determinou que a comissão eleitoral do DF avalie se 15 candidatos da chapa da advogada Thais Riedel são negros ou pardos, como se autodeclararam no momento do registro da candidatura. O presidente licenciado da seccional distrital, Délio Lins e Silva Júnior, que concorre à reeleição, impugnou o registro, alegando fraude na declaração da questão racial. A polêmica decorre de uma exigência inédita nas eleições da OAB: ao menos 30% dos integrantes de cada chapa precisam ser negros ou pardos. Ao analisar as impugnações, a comissão eleitoral da OAB-DF considerou que o critério da autodeclaração é previsto no edital das eleições. Por isso, não promoveu análise detalhada sobre cada integrante registrado quanto à relação entre a aparência e a declaração racial. Agora, por exigência da liminar, a comissão eleitoral terá de avaliar caso a caso. Enquanto isso, a eleição segue como previsto, para ser realizada amanhã. Mas com uma dúvida sobre o que vai acontecer com o resultado. Em vídeo distribuído nas mídias sociais, Thais Riedel afirmou: "O que nos parece é que a atual situação, candidata à reeleição, está com medo das urnas. Nós não tememos nenhum tipo de debate. Vamos continuar na luta pela advocacia".