Com a meta de sediar a Web Summit em 2023, o Distrito Federal recebe, nesta sexta-feira (19/11), os organizadores da maior feira de tecnologia do mundo, com o objetivo de apresentar a rede de hotelaria e a infraestrutura necessária para receber o evento. De acordo com o secretário de Ciência e Tecnologia do DF, Gilvan Máximo, um dos requisitos é um espaço de 50 mil m² cobertos. “Temos aqui o Pavilhão do Parque da Cidade, que se for o local escolhido, precisará passar por uma reforma. Outros pontos são a segurança e a rede de hotelaria. Eles também querem sentir como funcionam as nossas startups na área de tecnologia”, explica.
Os detalhes foram dados por Gilvan em entrevista à Denise Rothenburg, na tarde desta quinta-feira (18/11), no CB Poder — programa em parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília. “O CEO nos disse em Portugal que vai vir aqui sentir a energia do povo. Estamos trabalhando para que seja Brasília a escolhida. Rio de Janeiro e Porto Alegre também estão na disputa. Amanhã (sexta), recebemos eles no aeroporto e também vamos apresentar tanto os hoteis quanto as opções de happy hours, que é algo que gostam muito de fazer depois da feira”, pontua o secretário.
O titular da pasta revela que na última viagem realizada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) a Portugal, quando o chefe do Buriti foi conversar sobre o DF sediar o evento, o responsável pela Web Summit admitiu que é um apaixonado por Brasília. “Ele disse que fez faculdade de geografia e estudou a arquitetura de Brasília. Embora não conheça pessoalmente a cidade, diz que é encantado por ela”, conta Gilvan.
Desenvolvimento
Na avaliação de Gilvan, a Web Summit seria um pontapé para colocar o DF na rota internacional de tecnologia. “Só para se ter ideia, durante os quatro dias de evento, em Lisboa, a cidade arrecadou 300 milhões de euros no setor de bares, restaurantes e hotéis”, detalha. Se a capital do país for escolhida, ela será o palco da feira até 2028. “Se trouxermos para cá as indústrias de tecnologia, as startups, vamos ganhar muito, porque a tendência é essa. Temos o maior número de mestres e doutores per capita do Brasil, ou seja, tudo que precisamos para tornar o DF um leque importantíssimo de tecnologia para o país e para o mundo”.
Gilvan também destacou os passos necessários para que Brasília desenvolva todo o potencial da internet 5G, quando ela chegar ao país. “Hoje, o DF tem 2 mil torres de celular espalhadas pela cidade. No entanto, em alguns pontos o telefone corta, como trechos do Park Way. Para o 5G funcionar na cidade, vamos precisar de, ao menos, 30 a 50 mil torres. Pensando nisso, em 2019 e 2020, criamos uma lei na Câmara Legislativa para facilitar a liberação de antenas de celular em Brasília”, finaliza.
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