Terminou ontem a 28ª edição da maior feira de artigos gaúchos fora do Rio Grande do Sul. Tradição em Brasília, a edição especial de Natal da Expotchê movimentou os brasilienses com opções diferenciadas de lazer para toda a família. Cerca de 82 mil visitantes contemplaram o espírito natalino das cidades gaúchas reproduzido no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade.
Com o coração apertado, o empresário Humberto Lopes, 47 anos, e a esposa Joana Cortês, 42, se despedem da exposição. Filho de gaúchos, o paranaense cresceu imerso na cultura gaúcha e aproveita a Expotchê para matar a saudade. "Ser gaúcho é um estado de espírito, não é, necessariamente, nascer no Rio Grande do Sul. Nós temos orgulho da nossa cultura e isso que é bonito, é o que falta na sociedade hoje em dia: amar sua cultura", aponta.
O casal pilchado, com a vestimenta gaúcha, virou atração. A brasiliense Joana Cortez conta que quando casou com o paranaense abraçou a causa e se apaixonou também pela cultura gaúcha. "Quando a gente casa, casamos também com a família. Então quando casei passei a participar dos eventos, andar a caráter. Eu amo", conta. Presença marcada no evento anualmente, o casal sentiu falta da última edição. "Infelizmente, não teve e foi um ano que precisávamos muito. As pessoas ficaram carentes de afeto, do calor humano e da família, então fez mais falta do que nunca", lamenta.
Durante os dez dias de exposição, os visitantes contemplaram apresentações de temática natalina, shows de grupos de dança e música tradicional gaúcha, além de uma ambientação que reproduz a beleza do Natal nos municípios do Rio Grande do Sul. Com um novo formato, devido à pandemia, o evento não deixou de fora o tradicional circuito de estandes de expositores gaúchos com artigos de lã e couro, artesanato e o imperdível cardápio de vinhos, pães, chocolates, embutidos, queijos e outras delícias do estado.
Todos os anos, desde a 25ª edição, o publicitário André Barros, 38 anos, visita a Expotchê com a família. Apaixonado pela cultura gaúcha, ele confessa que a maior motivação para voltar são os doces e vinhos típicos da região. "A cultura é muito bacana, mas os doces, eu amo. Os chocolates têm sua qualidade diferenciada. As roupas também são interessantes e o vinho também não tem como negar. Gosto bastante do ambiente que a Expotchê prepara, trazendo esse ar do Sul. É um pouco da aproximação de lá para cá", aponta.
O brasiliense tem o sonho de visitar a cidade gaúcha de Gramado com a esposa, mas enquanto isso não acontece ele mata a vontade na Expotchê. "A gente nunca foi e isso aqui é um pouquinho de lá aqui. Ano passado não teve, sentimos muita falta porque já é um programa da família. Vem a galera toda, meus sogros, minha mãe."