A família que era dona de Margô, a cadela que foi atropelada e morta em um condomínio do Park Way no início deste mês, fará um ato pedindo justiça. A manifestação está marcada para este sábado (13/11), às 9h, no próprio condomínio do homem que atropelou a cadela. Nesta terça-feira (9/11), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) finalizou o inquérito e o encaminhou ao Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).
De acordo com o inquérito, produzido pela 21ª DP (Taguatinga Sul), o indiciado, Rafael Resende, disse às autoridades policiais que não viu a cachorra nem percebeu que a tinha atropelado. Ele disse que a via era mal iluminada e estreita. Quando estava saindo do condomínio, avistou o dono de Margô, sem camisa, abanando os braços. "O declarante disse que ficou com medo e continuou trafegando na via. Disse ainda que não percebeu a presença do cachorro, pois estava focado no homem que estava no canto da via. Negou ter atropelado o cachorro de forma deliberada, e que somente tomou conhecimento do atropelamento do animal no dia seguinte", diz o documento.
Porém, apesar da versão de Rafael, autoridades policiais que foram ao local afirmam o contrário. Nesta segunda-feira (8/11), agentes da 21ª DP compareceram ao local dos fatos, por volta de 19h30, e constataram que o local é deserto e a via estreita, porém é bem iluminado. "Dessa forma, a versão do autor de que não era possível visualizar o cachorro não se sustenta", diz o texto. Uma testemunha, morador do condomínio, também afirmou que a via é bem iluminada e que não seria possível Rafael não ter visto o animal.
Procurada, a defesa de Rafael afirmou que não vai se manifestar até o fim do processo. Já os advogados da família de Margô, Murilo Marcelino e Rita Machado, afirmam que a família está esperançosa de que o inquérito será aceito pelo MP como denúncia.