Violência contra mulher

Praça Irmãs Mirabal será inaugurada como símbolo da luta contra o feminicídio

A inauguração da praça em Brasília é iniciativa da Embaixada da República Dominicana e está marcada para acontecer nesta quinta (25/11), às 16h

Maria Eduarda Cardim
postado em 24/11/2021 17:10 / atualizado em 24/11/2021 18:43
 (crédito: Casa Museo Hermanas Mirabal)
(crédito: Casa Museo Hermanas Mirabal)

Brasília ganhará nesta quinta-feira (25/11), às 16h, um novo 'monumento' para marcar a luta contra o feminicídio e a violência contra a mulher. A iniciativa é da Embaixada da República Dominicana, que inaugura a Praça Irmãs Mirabal, que eram ativistas políticas e foram assassinadas durante regime ditatorial dominicano do então presidente Rafael Trujillo, em 1960. Desde então, as irmãs se tornaram símbolo da luta contra a violência de gênero.

A iniciativa ainda conta com o apoio do Instituto Virada Feminina. A data de inauguração marca o dia da morte das três irmãs, em 25 de novembro de 1960. Além disso, em 25 de novembro se comemora o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A praça foi construída na área externa da Embaixada da República Dominicana, para, segundo a embaixadora do país, Patrícia Villegas de Jorge, incentivar a população a visitar o espaço público a qualquer momento. A construção da praça contou com apoio de instituições dominicanas e brasileiras e também faz parte do 110º aniversário das relações diplomáticas entre República Dominicana e Brasil. 

A presidente nacional do Instituto Virada Feminina, Marta Lívia Suplicy, estará presente no evento e ressalta a importância do movimento de luta contra a violência de gênero. “A violência contra as mulheres é uma violação aos Direitos Humanos e atinge toda a sociedade. É importante que a população compreenda esse dever público. De igual forma, o Estado também deve concretizar políticas em todas as esferas de Poder para alcance da equidade”, avalia. 

História

As irmãs dominicanas, que usavam o codinome “La Mariposas”, eram ativistas políticas e atuavam em atividades de oposição à ditadura do então presidente Rafael Trujillo. As irmã Minerva, Pátria e Maria Tereza foram assassinadas e a notícia da morte das Mariposas provocou grande comoção popular. Seis meses mais tarde, o ditador Trujillo foi assassinado, pondo fim à ditadura no país. 

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