Em vistoria no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), promotores de Justiça da Promotoria de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde (Pró-Vida), constataram a falta de profissionais obstétricos na maternidade da unidade de saúde, alvo de denúncias de violência obstétrica. E este não foi o único problema. Os promotores constataram que pacientes não utilizavam máscaras e descumpriam o distanciamento mínimo para evitar a disseminação do novo coronavírus.
A vistoria, realizada na última sexta-feira (19/11), apura denúncias de violência obstétrica. Além da estrutura do Centro Obstétrico, da Maternidade e da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), também foram avaliados os cuidados intermediários neonatais (UCIN), que já foi alvo de vistoria em 24 de maio deste ano.
Segundo a avaliação do assessor médico da Pró-Vida, Mácio Souza, a maior dificuldade do HRSM é o número reduzido de profissionais obstétricos na unidade de saúde. “Existe um grande déficit de recursos humanos em razão dos profissionais cedidos que tiveram que retornar à Secretaria de Saúde, e isso prejudica muito a qualidade de atendimento às gestantes. O ideal é ter quatro médicos disponíveis por turno, e atualmente são dois ou três apenas”, detalha.
Além disso, a vistoria verificou o não uso de máscara e a falta de distanciamento adequado por parte de alguns pacientes que aguardavam atendimento na unidade de saúde. A inspeção contou com a presença de representantes do Sindicato dos Médicos e do Conselho Regional de Medicina (CRM).
Denúncia
A Promotoria recebeu reclamações sobre o atendimento prestado às gestantes e se reuniu com profissionais que atuam no hospital para conhecer as dificuldades enfrentadas pela equipe. A partir das visitas realizadas em maio e neste mês, os promotores elaborarão um relatório com sugestões para a melhoria do serviço.
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