
Brasília como é; e Brasília como poderia ter sido. Essa é a reflexão que o público poderá fazer ao visitar, no Centro Cultural Três Poderes da capital federal, o Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, onde está em cartaz até 16 de dezembro a exposição Outra Brasília Nunca Mais – Uma Exposição em Realidade Aumentada.
Nela estão os sete projetos finalistas que, entre 1956 e 1957, disputaram o Concurso Nacional da Novacap que definiu as linhas da cidade que Juscelino Kubitschek construiria nos anos seguintes.
As sete propostas urbanísticas para a construção de Brasília possibilitam, ao público, imaginar como seria o futuro, caso o projeto desenhado por Lúcio Costa, de uma cidade no formato de um avião, não tivesse vencido o concurso.
A exposição contará com réplicas dos projetos que apresentam como seriam as "outras Brasílias", inclusive em 3D. Haverá também áudios explicativos em português e inglês, além de textos e desenhos em Braille, e recursos de audiodescrição. Estudantes de arquitetura da Universidade de Brasília (UnB) estarão no local para dar apoio à visitação.
Segundo os organizadores da exposição, que tem como curador o arquiteto e urbanista Pedro Daldegan, o edital preparado na época pela Novacap "foi pouco exigente quanto à justificativa técnica das propostas, solicitando apenas um traçado básico da cidade com a localização das principais instalações e um memorial descritivo".
Assim sendo, todos os 26 projetos apresentaram, em algum ponto, o pensamento do arquiteto franco-suíço Le Corbusier (pseudônimo de Charles-Edouard Jeanneret-Gris), que defendia a "prioridade das questões socioeconômicas no projeto de uma cidade".
A comissão julgadora então acabou por classificar sete concorrentes, organizando-os pelas "virtudes comuns". Lúcio Costa foi o vencedor; um foi vice (Boruch Milman); dois ficaram em terceiro lugar (Levi e o escritório MMM Roberto), cabendo a outros três a divisão da quinta colocação.
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